Após a valorização dos últimos dias, os investidores têm motivos para acreditar que o atual ciclo de alta do Bitcoin (BTC) ainda não acabou, e a relação entre risco e retorno do ativo parece mais atraente do que nos ciclos anteriores. A criptomoeda acumula valorização de 24,01% em outubro, sendo negociada acima de US$ 54 mil, resistindo às últimas investidas do governo chinês, que proibiu a mineração e a realização de operações com criptoativos no país.
De olho nesse cenário, a analista de criptomoedas Fernanda Guardian, da Levante, recorreu ao “Reserve Risk”, indicador usado para avaliar a confiança de longo prazo dos detentores em relação ao preço da moeda em um determinado momento, para comparar o ciclo de alta atual do Bitcoin com os ciclos anteriores, ocorridos em 2012 e 2016. Para a analista, a métrica indica que o ciclo de alta ainda não se esgotou:
“Nos ciclos anteriores de alta […], esse indicador atingiu valores entre 0.02 e 0.06. Os valores máximos do Reserve Risk nesse atual ciclo foram 0.006, ainda muito abaixo do que se caracterizou como picos de ciclo no passado.”
Além disso, após El Salvador adotar o Bitcoin como moeda legal, a Lightning Network, tecnologia utilizada para tornar as transações envolvendo o BTC mais rápidas e menos custosas, atingiu o ponto mais alto de sua história em capacidade de rede, número de nós e canais.
A busca pelo uso de energia renovável na mineração de criptomoedas e a proibição dessa classe de ativos na China, fazendo com que as medidas restritivas do governo chinês deixem de ser uma preocupação para o mercado, também acabaram sendo fatores positivos para o Bitcoin, que parece ter encontrado fôlego para voltar a subir, após experimentar momentos de alta volatilidade em setembro.
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