O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em alta nesta terça-feira (21), buscando se recuperar da queda brusca da véspera, quando o índice caiu 1,07%, aos 2.701 pontos, em meio ao receio com a possibilidade da crise fiscal da incorporadora chinesa Evergrande se alastrar para outras empresas e setores da economia global.
Os investidores brasileiros aguardam agora a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, que deve ser divulgada na quarta-feira (22), em busca de pistas sobre até onde deve se estender o ciclo de alta da taxa básica de juros no Brasil e qual deve ser seu impacto sobre os títulos públicos indexados à inflação, especialmente aqueles com vencimentos mais longos, frequentemente utilizados como parâmetro para comparação de rentabilidade de outras classes de ativos.
Giuliano Bandoni, gestor de fundos imobiliários da Rio Bravo, avalia que, após a última fala do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, criou-se um consenso de que o aumento da Selic deverá ser da ordem de 1 ponto percentual na reunião de setembro, e não de 1,25 ponto ou 1,50 ponto como se especulava anteriormente. Apesar de o BC sinalizar que seguirá com a elevação da Selic em uma velocidade menor, o mercado espera agora por um aperto monetário mais rígido, apostando que os juros deverão chegar a algo entre 8,25% e 8,50% ao ano.
Bandoni destaca ainda que, mesmo que se encerre este ciclo de alta com a Selic abaixo do patamar histórico, a elevação da taxa deve estimular uma migração de capital da renda variável para a renda fixa, o que pode trazer mais volatilidade para o mercado de fundos imobiliários no curto prazo. Esse momento de maior volatilidade, entretanto, pode apresentar oportunidades interessantes para a alocação de recursos em ativos imobiliários, uma vez que muitos fundos vêm sendo negociados no mercado secundário a preços que seriam insuficientes para repor os ativos que compõem seus portfólios.
Destaques
O Autonomy Edificios Corporativos (AEIC11), fundo de lajes corporativas, liderava as altas do IFIX, subindo 1,83%, aos R$ 80,45. O Kilima FIC (KISU11), fundo de fundos, exibia a segunda maior alta, com valorização de 1,50%, sendo negociado a R$ 8,77. A terceira maior valorização era do Tordesilhas EI (TORD11), fundo híbrido, que subia 1,4%, sendo cotado a R$ 10,14.
Na outra ponta, a maior queda era do REC Recebíveis Imobiliários (RECR11), fundo de papéis, que caía 1,34%, sendo negociado a R$ 101,90. A segunda maior desvalorização era do Pátria Edifícios Corporativos (PATC11), que investe em lajes corporativas, recuando 1,26%, sendo cotado a R$ 62,40. Por fim, a terceira maior desvalorização era do More Real Estate FOF (MORE11), fundo de fundos, que recuava 1,11%, sendo cotado a R$ 77,04.
Ao fim da manhã, o IFIX subia 0,25%, aos 2.707 pontos.
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