Mercados

Bolsas de NY fecham sem sinal único após sell-off, com Evergrande e Fed no radar

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça-feira, 21, em sessão que contou com alguma recuperação após as fortes quedas sofridas ontem. Por sua vez, as preocupações com a incorporadora chinesa Evergrande seguiram no radar, enquanto há grande expectativa pelo desdobramentos do vencimento de dívidas da empresa. Além disso, o mercado aguarda a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), marcada para amanhã, quando a autoridade deverá atualizar sua postura sobre estímulos.

No fechamento, o Dow Jones caiu 0,15%, a 33.919,84 pontos, o S&P 500 recuou 0,08%, a 4.354,19, enquanto o Nasdaq registrou alta de 0,22%, a 14.746,40 pontos.

“A primeira onda de queda parece ter acabado, enquanto os investidores aguardam clareza sobre a redução de estímulos do Fed e as consequências dos pagamentos de empréstimo perdidos da Evergrande”, avalia Edward Moya, analista da Oanda. Os índices apresentaram volatilidade ao longo do dia, e chegaram todos a operar no positivo, mas, ao final do pregão, foram pressionados. Segundo o analista, os mercados financeiros têm a Evergrande como foco e ficarão de olho até uma atualização do governo chinês. Para ele, a crise envolvendo a incorporadora não levará ao contágio nos EUA, mas há muitas dúvidas sobre quem será protegido quando a China disser “basta”.

Já no Fed, a autoridade deve manter a política monetária, mas um dos principais focos será como seu presidente, Jerome Powell, tratará na entrevista coletiva sobre a redução do programa de afrouxamento quantitativo, o tapering. Os efeitos da variante delta do coronavírus persistem, e hoje a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu sua estimativa de crescimento do PIB dos EUA em 2021, de 6,9% a 6%. Além disso, o Fed sofre pressão para remover os presidentes das distritais de Dallas, Robert Kaplan, e Boston, Eric Rosengren, que negociaram ações e outros ativos em 2020 enquanto tomavam decisões de política monetária.

Entre as empresas, a Johnson & Johnson subiu 0,44% depois de comunicar hoje que uma dose adicional de sua vacina contra a covid-19, aplicada dois meses após a dose inicial, aumentou a proteção contra a doença em participantes de um teste clínico. Já algumas ações de tecnologia tiveram recuperação, como Facebook (+0,50%), Apple (+0,34%) e Twitter, que subiu 3,00%.

Por Matheus Andrade

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Estadão Conteúdo

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