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Fundo Verde: mesmo com “doses altíssimas de incerteza”, ainda há prêmio suficiente na Bolsa

Luis Stuhlberger é um dos maiores gestores em atuação no Brasil (Foto: Fundo Verde/Divulgação)

O reconhecido Fundo Verde, de Luis Stuhlberger, um dos maiores gestores em atuação no Brasil, alcançou uma rentabilidade de 0,33% em agosto, enquanto o CDI, seu benchmark, proporcionou um retorno de 0,42%. No ano, o resultado é de, respectivamente, 1,62% contra 2,06%. Desde seu início, o Fundo entrega impressionantes 18.903,72% de retorno.

Para a equipe de gestão do Fundo Verde, de acordo com a Carta de Gestão de Agosto, “o cenário local  continua com doses altíssimas de incerteza”. Em um contexto macroeconômico que conta com alguns riscos, como crise hídrica, inflação e problemas globais com suplementos, de acordo com o Fundo, o “governo estimula as chamas de uma crise institucional, que leva a corrosão dos pilares do equilíbrio fiscal”. É justamente por isso que o mercado, nos últimos meses, vem “aumentando o prêmio de risco exigido no preço dos ativos”.

Nesse pano de fundo, portanto, há prêmio suficiente que justifique o investimento no mercado acionário brasileiro? Essa é a pergunta que se faz o Fundo, e, para a equipe de gestão, a resposta é clara: “há prêmio suficiente no mercado acionário e na parte intermediária da curva de juro real, para mantermos as posições atuais, e incrementar aos poucos o risco do portfólio.”

Ademais, de acordo com a equipe de gestão, o nosso mercado de ações tem como pilar de sustentação a reabertura da economia. Assim, conforme avança a vacinação e a vida se aproxima, teoricamente, do que era considerado normal, surgem “boas perspectivas para os lucros, pelo menos no horizonte de curto prazo”, na Bolsa.

Inclusive, de acordo com a equipe de gestão do Fundo, a queda na Bolsa no ano tem como um dos motivos a alta forte das taxas de juros na curva. Conforme relatado na Carta: “Já do lado da taxa de desconto (ou do valuation), temos uma alta muito forte das taxas de juros na curva, estimulada por inflação persistente e maior risco fiscal, com os constantes ataques ao teto dos gastos. Nessa disputa, a taxa de desconto tem ganhado e por isso o mercado acionário brasileiro se encontra em queda no ano (de em torno de -4% quando escrevemos esse relatório).”

Por fim, em relação à renda fixa, para o Verde, “apesar dos desafios da alta da inflação e da pressão sobre o Banco Central, difícil acreditar que esse nível de juro real [NTN-Bs em torno de 4,50% no meio da curva] é sustentável nos próximos anos. Ou a inflação vai ser mais alta ou o nominal vai ser mais baixo.

(Este conteúdo é fruto de uma parceria entre a Levante Advice e o Mercado News)

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