Pelo menos nove empresas já demonstraram interesse em se instalar no Polo Gaslub Itaboraí, ex-Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), entre elas uma de fertilizantes da Finlândia e a russa Gazprom, informou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah.
O governo do Estado do Rio de Janeiro, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e a prefeitura de Itaboraí assinaram nesta sexta-feira, 10, um protocolo de intenções com a Petrobras para o desenvolvimento no entorno do Gaslub, para instalação de grandes indústrias. A área tem 43 mil metros quadrados, o correspondente a 44 mil campos de futebol.
Segundo Farah, a expectativa é de que o Polo Industrial Gaslub Itaboraí atraia investimentos de R$ 15 bilhões e gere 11 mil empregos.
“O fim do Comperj aniquilou o desenvolvimento da região, que agora vai ser resgatada em forma de polo de desenvolvimento econômico”, disse Farah após a assinatura da parceria.
Envolvido no esquema de corrupção que desencadeou a Operação Lava Jato, o empreendimento da Petrobras também poderá comportar uma planta de processamento de lubrificantes, a partir de interligações já existentes de algumas unidades do Polo com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc). Outra possibilidade é a construção de uma térmica em parceria com outros investidores para gerar energia a partir do gás natural do pré-sal processado no Gaslub.
De acordo com o secretário, a parte do Estado será fornecer infraestrutura na região, com abertura de estradas, segurança pública, tributação diferenciada e agilidade na concessão de licenciamentos ambientais. Uma parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) vai garantir a formação de mão de obra para atender os futuros empreendimentos.
“Nenhuma empresa vai para uma operação nesse Polo se não tiver vantagem e segurança”, explicou Farah.
O Gaslub, hoje resumido a uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) e uma rota de escoamento do gás natural (Rota 3) tem previsão de entrar em operação no início do segundo semestre de 2022. A partir desta data, segundo o secretário, as empresas/indústrias começam a ser instaladas.
Presente no evento, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou que atrair o setor produtivo é sempre um grande desafio.
“Principalmente em relação à segurança jurídica de grandes investimentos, que não condizem bem com incertezas”, destacou, ressaltando que a partir do protocolo serão estudadas as possibilidades de benefícios tributários, melhorias na região, entre outras medidas que tornarão o local mais atraente.
Por Denise Luna
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