Apesar do encolhimento de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, o Ministério da Economia avaliou que o País tem tido uma recuperação econômica mais rápida que outros países e destacou que “mais relevante do que observar o número do crescimento é analisar a sua qualidade”, que, segundo a pasta, vem sendo puxado via setor privado desde o terceiro trimestre de 2020, com aumento do investimento e da poupança.
“Diante desse resultado, constata-se que o Brasil tem recuperado a atividade econômica de forma mais rápida do que outros países. Na amostra de mais de 30 países e grupos da OCDE que já divulgaram seus resultados trimestrais, o Brasil apresentou desempenho do PIB acima da média no resultado interanual e no acumulado em 4 trimestres. No acumulado em 4 trimestres, o Brasil supera países desenvolvidos como o Reino Unido e Alemanha e em relação aos emergentes, fica atrás apenas da China e do Chile”, cita nota da Economia divulgada nesta manhã.
“O resultado negativo ocorreu no trimestre em que houve o maior número de mortes por Covid e com efeitos setoriais relevantes. Porém, mais relevante do que observar o número do crescimento, é analisar a sua qualidade”, acrescenta a pasta, ressaltando que reformas pró-mercado e medidas de consolidação fiscal estão sendo aprovadas e que são elas as bases para o crescimento sustentável do País no longo prazo.
A pasta comandada pelo ministro Paulo Guedes disse que são cinco os principais fatores positivos para atividade no segundo semestre: maior crescimento global; investimento financiado pelo setor privado; aumento da taxa de poupança; mercado de crédito e de capitais em expansão e recuperação do emprego formal e informal com a vacinação em massa. No entanto, “a não continuidade da consolidação fiscal, o recrudescimento da pandemia e o risco hídrico” se mostram como principais riscos à recuperação esperada.
O texto da Economia ainda destaca que a vacinação em massa tem possibilitado fortalecimento dos serviços, setor que contribuiu para o bom desempenho no primeiro semestre, quando a economia surpreendeu e o PIB cresceu 1,2% sobre os três últimos meses de 2020. “Projeta-se continuidade do bom desempenho do setor de serviços ao longo deste ano e, espera-se que o setor industrial volte a contribuir positivamente a partir do 3T21, devido à expectativa dos industriais de maior demanda.”
Por Luci Ribeiro
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