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Dólar tem abertura volátil com Ptax, mas queda prevalece com ajuda do exterior

O dólar começou o dia com viés de baixa, alinhado à tendência no exterior, mas logo subiu de forma pontual à máxima a R$ 5,1978 (+0,16%) e voltou a cair, em manhã de disputa técnica em torno da taxa Ptax de fim de agosto. Na mínima, até a publicação desta matéria, havia registrado R$ 5,1638 (-0,49%).

Os ajustes são influenciados pelo dólar fraco no exterior e ganharam tração com ajuda dos investidores vendidos (apostaram na queda das cotações) em contratos cambiais, disse um operador de câmbio, após a taxa de desemprego ficar em 14,1% no trimestre até junho, no piso do intervalo das projeções do mercado (14,1% A 14,8%) e abaixo da taxa de 14,6% no trimestre até maio. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua do IBGE estava em 13,3%. No entanto, os juros médios e longos sobem, enquanto o dólar está volátil.

A Pnad Contínua mostrou também que a renda média real do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.515,00 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa queda de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 215,490 bilhões no trimestre até junho, queda de 1,7% ante igual período do ano anterior.

Apesar da queda, a expectativa é de que os “comprados” em câmbio (apostaram na alta do dólar) tentarão forçar a desaceleração da queda e até eventual nova alta mais perto das 10h, quando será feita a primeira coleta de taxas nas mesas de operação para a formação da Ptax de hoje, última de agosto e que irá ajustar os contratos cambiais e resultados corporativos do período.

A questão fiscal segue no foco diante da entrega do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022 pelo governo ao Congresso (15h) e com o resultado do setor público consolidado de julho (9h30), após o déficit menor do Governo Central ter ajudado a trazer alívio aos juros futuros ontem.

Às 9h37 desta terça-feira, 31, o dólar à vista caía 0,38%, a R$ 5,1703. O dólar futuro de outubro, mais negociado a partir de hoje, recuava 0,30%, a R$ 5,1925, após oscilar de R$ 5,1860 a R$ 5,2195.

Por Silvana Rocha

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Estadão Conteúdo

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