Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com – A empresa comercializadora de etanol formada pela Joint Venture da Vibra Energia, antiga BR Distribuidora (SA:BRDT3), e Copersucar deve faturar R$ 30 bilhões no primeiro ano, com a comercialização de 9 milhões de metros cúbicos do biocombustível, segundo dados informados em evento aberto aos jornalistas hoje, 30.
Pelo acordo, a Vibra vai pagar R$ 4,99 milhões para a Copersucar por 49,99% do capital social da nova companhia, enquanto a Copersucar ficará com os outros 50,01%. Além disso, a capitalização inicial da empresa será de R$ 440 milhões.
A ideia é que a nova comercializadora ofereça maior estabilidade no abastecimento do biocombustível, da mesma maneira em que assume a agenda ESG, ao se comprometer com em reduzir a pegada de carbono do transporte de mercadorias e fomentar o desenvolvimento do mercado de crédito de carbono. O presidente da Copersucar, João Teixeira, disse que as empresas privadas terão um papel fundamental na transição de energia de baixo carbono e que a nova companhia será uma grande player desse setor.
De acordo com Marcelo Bragança, Diretor Executivo de Operações, Logística e Sourcing da Vibra, a Joint Venture combinará a competência de distribuição de etanol da companhia com as de comercialização e trading da Copersucar. Ela terá acesso aos ativos das duas sócias, otimizando a logística da commodity e, como consequência, reduzindo preços para o consumidor final.
Wilson Ferreira Jr, presidente da Vibra, defende que do ponto de vista da distribuição, a empresa representa um ganho de escala. Isso torna os preços do biocombustível mais baratos e facilita uma mudança para uma matriz energética mais sustentável. Além disso, a demanda por etanol deve subir entre 15 e 18 milhões de litros até 2030, o que faz com que a Joint Venture tenha um grande potencial de ocupar esse espaço no mercado.
A princípio, as operações da comercializadora serão centradas no Brasil. Segundo o diretor Comercial e de Operações da Copersucar, Pedro Paranhos, o mercado externo representará entre 10% e 20% do volume de negócios, dependendo da arbitragem de preços.
Matéria originalmente publicada em Investing.com
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