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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou de 0,78% em julho para 0,66% em agosto, informou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). A inflação acumulada pelo índice em 12 meses cedeu de 33,83% para 31,12% no período. O resultado ficou abaixo da mediana de mercado apurada pelo Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,78% para o índice. O piso da pesquisa era de variação de 0,45% e o teto, de 1,42%.
Nas aberturas, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) desacelerou de 0,71% para 0,66%. O indicador acumula alta de 39,97% nos 12 meses encerrados em agosto e de 20,62% em 2021.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) também arrefeceu, de 0,83% em julho para 0,75% em agosto. Em 12 meses, o índice acumula inflação de 8,60% e, em 2021, de 5,05%.
O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) desacelerou de 1,24% para 0,56% no período. o indicador acumula alta de 17,05% em 12 meses e de 11,37% no ano.
Três das oito classes de despesa componentes do IPC-M registraram decréscimo em suas taxas de agosto. A principal contribuição foi de Educação, Leitura e Recreação, que passou de 2,16% para 0,53%, puxada por passagem aérea (24,69% para 3,17%).
Também apresentaram alívio em suas taxas de variação os grupos Habitação (1,66% para 1,05%) e Comunicação (0,00% para -0,11%). Neles, os maiores pesos de itens foram de tarifa de eletricidade residencial (5,87% para 3,26%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,02% para -0,26%).
Na direção oposta, cinco classes de despesas avançaram em relação a julho, com destaque para Alimentação (0,59% para 1,17%). A maior pressão veio do segmento de hortaliças e legumes, que passou de deflação de 5,13% para inflação de 5,42%.
Saúde e Cuidados Pessoais (-0,07% para 0,42%), Despesas Diversas (0,06% para 0,19%), Transportes (0,73% para 0,76%) e Vestuário (0,26% para 0,29%) também registraram aceleração na passagem de julho para agosto do IPC-M. As maiores influências nesses grupos partiram de plano e seguro de saúde (-1,27% para 0,42%), serviços bancários (0,01% para 0,24%), etanol (-1,26% para 0,70%) e acessórios do vestuário (-0,14% para 0,46%).
Influências individuais
Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para o alívio do IPC-M em agosto foram cebola (-14,07% para -14,29%), arroz (-1,79% para -1,89%) e mamão papaia (-0,68% para -6,52%). Combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,02% para -0,26%) e alho (-2,39% para -3,34%) completam a lista.
As principais influências individuais de alta foram tarifa de eletricidade residencial (5,87% para 3,26%), gasolina (1,44% para 1,55%) e tomate (2,18% para 4,60%), seguidas por gás de botijão (4,05% para 3,34%) e passagem aérea (24,69% para 3,17%).
IPAs
Os preços ao produtor industrial tiveram deflação de 1,25% no IGP-M de agosto, após alta de 1,50% em julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O grupo puxou a desaceleração do IPA-M no período, de 0,71% para 0,66%.
Em movimento oposto, o IPA-M agropecuário também inverteu o sinal e avançou 5,70% no mês, após registrar deflação de 1,33% em julho.
O IPA-M acumula inflação de 39,97% nos 12 meses encerrados em agosto, com altas de 47,91% dos preços ao produtor agropecuário e de 37,0% dos preços ao produtor industrial.
Nas aberturas por estágios de processamento, a desaceleração do índice na margem foi puxada pelas matérias-primas brutas. Os preços do grupo caíram 1,64% em agosto, após alta de 0,09% em julho.
O recuo da taxa foi puxado pelo minério de ferro (2,70% para -15,32%), bovinos (1,73% para -0,34%) e leite in natura (5,74% para 2,32%). Na outra ponta, ajudaram a conter a deflação do grupo a soja em grão (-5,92% para 7,78%), milho em grão (-4,58% para 10,97%) e café em grão (0,04% para 20,98%).
Os bens finais aceleraram de 1,08% em julho para 2,22% em agosto, puxados pelo subgrupo de alimentos in natura (-1,14% para 8,28%). Os bens intermediários também avançaram, de 1,15% em julho para 2,11% em agosto, pressionados por materiais e componentes para a manufatura (0,11% para 1,68%).
As matérias-primas brutas acumulam inflação de 48,27% em 12 meses. Nesta base, a alta é de 25,08% para os bens finais e de 45,27% para os bens intermediários.
Por Cícero Cotrim e Guilherme Bianchini
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