As principais bolsas europeias fecharam em queda nesta quinta-feira, 19, na esteira da busca por segurança que marca os mercados internacionais. Os investidores absorvem ainda a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), divulgada após o fechamento dos mercados europeus na quarta-feira, que registrou o debate sobre o tapering e a preocupação com a cepa Delta do coronavírus. Balanços na região e baixa das bolsas asiáticas também influenciaram o pregão.
O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,51%, a 467,24 pontos, acompanhado pelo londrino FTSE 100, que teve queda de 1,54%, a 7.058,86 pontos.
A cautela nos mercados se dá após a confirmação de que o Fed cogita iniciar o tapering neste ano, ainda que haja divergências de opiniões entre os dirigentes. Analistas preveem que o anúncio do processo ocorra, de fato, em 2021, mas a forma ainda é incerta. Através da ata, o Fed reforçou que isso não implica em elevar as taxas de juros simultaneamente.
Em relação à cepa Delta, os membros do banco central da maior economia do mundo reforçaram que as variantes geram incertezas sobre o cenário econômico global. Na última quarta-feira, o Reino Unido informou o maior número diário de mortes por covid-19 desde março.
Entre as principais quedas do dia na Bolsa de Londres, está a ação da mineradora chilena Antofagasta, com recuo de 4,45%, após registrar Ebitda abaixo da expectativa de analistas, a US$ 2,357 bilhões. No mesmo ramo, a Anglo American (-8,35%) despencou, acompanhada pela Rio Tinto (-2,73%).
“Os cortes da China na produção de aço, anunciados no início deste mês, atingiram a demanda, bem como o consumo de minério de ferro”, diz o analista da CMC Markets, Michael Hewson.
Com a piora do mercado de petróleo, as ações da Royal Dutch Shell (-3,82%) e da BP (-4,92%) também fecharam em negativo.
O índice CAC 40, de Paris, caiu 2,43%, a 6.605,89, enquanto o DAX recuou 1,25%, a 15.765,81, em Frankfurt. Em Milão, o FTSE MIB caiu 1,63%, a 25.928,78. Nas praças ibéricas, o IBEX 35 recuou 0,76%, a 8.902,20, e o PSI 20 teve queda de 0,13%, a 5.303,62.
As empresas de luxo também sofreram forte queda, com Kering, Louis Vuitton e Burberry com recuo de 9,47%, 6,38% e 6,62%, respectivamente.
As companhias têm grande exposição ao mercado chinês, que planeja mirar em grandes corporações e combater desigualdades socioeconômicas.
Por Ilana Cardial
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