A Ânima Educação registrou lucro líquido ajustado de R$ 18,7 milhões no segundo trimestre de 2021, alta de 42,3% ante o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o indicador teve avanço de 31,7%, para R$ 75,1 milhões. No critério sem ajustes, o lucro foi de R$ 4,9 milhões no trimestre, ante R$ 9,5 milhões em 2020.
A empresa somou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 150,1 milhões no trimestre e R$ 287,8 milhões no semestre, alta de 74,7% e 107,7% em relação ao mesmo intervalo de 2020. O Ebitda ajustado foi de R$ 169,2 milhões entre abril e junho e R$ 315,6 milhões, crescimento anual de 84,4% e 50,3%.
A margem Ebitda do segundo trimestre avançou 1,5 ponto porcentual, para 25,6%, enquanto a semestral teve crescimento de 8,8 p.p, para 28,7%.
A empresa atingiu aumento de 64,5% na receita líquida do trimestre, para R$ 586 milhões, e de 44,2% no primeiro semestre, totalizando R$ 1,001 bilhão. A companhia tem ainda contas a receber líquido de R$ 669,6 milhões, R$ 340,9 a mais que na comparação anual por conta das aquisições e dos efeitos de renegociaçãos com estudantes.
Segundo a Ânima, houve geração de caixa operacional de R$ 144 milhões, com aumento anual de 30,6%. A empresa diz que contribuiu para essa robusta geração de caixa a estabilidade observada no capital de giro e a redução proporcional dos investimentos em capex.
Base de alunos
A base de alunos cresceu 178,5% em relação ao segundo trimestre de 2020 (considerando aquisições), atingindo 320.264 alunos. O tíquete médio orgânico mensal apresentou alta de 12,7%, alcançando R$ 1.108. A taxa de evasão recuou 0,8 ponto porcentual, para 5,7%.
Por outro lado, ao considerar as aquisições, o grupo registrou queda de 15,1% no tíquete do ensino acadêmico no trimestre, para R$ 835, e de 1,6% ao desconsiderar o EaD, para R$ 968.
A Inspirali, vertical de Medicina do grupo, atingiu 9.985 alunos, aumento de 365,5%, sendo 2.596 quantidade orgânica da companhia e 7.389 oriundos de aquisições.
Endividamento
A empresa somou geração de caixa livre de R$ 244,2 milhões. O resultado financeiro foi negativo em R$ 84,6 milhões, piora de 126,6% ante o segundo trimestre de 2020. A companhia fechou junho com dívida líquida de R$ 3,220 bilhões (ex-IFRS16), revertendo a disponibilidade de R$ 585,8 milhões do mesmo período do ano anterior, devido à compra da Laureate.
A alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida/Ebitda proforma atingiu 4,6 vezes.
No balanço enviado à CVM, a Ânima destaca que passou a integrar nos resultados as instituições adquiridas da Laureate Brasil a partir de junho, após o closing da transação ter sido realizado em maio.
“O segundo trimestre de 2021 da Ânima se apresenta como transformacional para todos aqueles que fazem parte do nosso ecossistema. Estamos trabalhando intensamente no processo de integração, executando o planejamento realizado e focados no alcance das sinergias identificadas e sinalizadas ao mercado no montante de R$ 350 milhões por ano, no quinto ano pós-aquisição”, aponta a empresa.
Por Luísa Laval
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