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Turismo acumula prejuízo de R$ 395,6 bi na pandemia, calcula CNC

As atividades turísticas já somam prejuízo de R$ 395,6 bilhões desde o agravamento da pandemia do novo coronavírus no País, em março de 2020, até junho deste ano, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O setor chegou a junho de 2021 com ociosidade ainda elevada, operando com aproximadamente 57% da sua capacidade mensal de geração de receitas.

Segundo o economista Fabio Bentes, responsável pelo estudo da CNC, o setor de turismo deve recuperar todas as perdas da pandemia apenas no último trimestre de 2022.

A CNC prevê crescimento de 18,2% no volume prestado de serviços turísticos em 2021, mas o segmento teve um tombo de 36,6% em 2020, afetado pela crise sanitária.

“A expectativa é de um segundo semestre positivo para o turismo, influenciado pela diminuição do isolamento social e pelo avanço da vacinação. O que atrapalha é a inflação alta, porque a inflação de serviços deve ser forte no segundo semestre, e os juros também em alta, o que dificulta, por exemplo, o parcelamento de um pacote turístico. Por último, tem o mercado de trabalho, que está reagindo de forma muito lenta ainda”, enumerou Bentes.

Em junho deste ano, os serviços turísticos operavam 22,8% abaixo do nível de fevereiro de 2020, no pré-covid. Mais da metade do prejuízo acumulado pelo turismo até agora ficou concentrado nos Estados de São Paulo (R$ 161,3 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 47,9 bilhões).

O agregado especial de atividades turísticas cresceu 11,9% em junho ante maio, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa a segunda taxa positiva consecutiva, período em que acumulou um ganho de 43,0%. No entanto, o segmento ainda precisa crescer 29,5% para retornar ao nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. Na comparação com junho de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil teve alta de 92,7% em junho de 2021, impulsionado pela base de comparação depreciada.

Por Daniela Amorim

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Estadão Conteúdo

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