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Para próxima reunião, Copom antevê mais um ajuste de 1 ponto na Selic

O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) reafirmou nesta terça-feira, por meio da ata de seu último encontro, a intenção de promover novo aumento da Selic (a taxa básica de juros) em setembro. Após a elevação de 1,00 ponto porcentual na semana passada, para 5,25% ao ano, o BC disse hoje na ata que, para a próxima reunião, “antevê outro ajuste da mesma magnitude”.

Ao mesmo tempo, a autoridade monetária deixou a porta aberta para um aumento até maior. “O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, disse a instituição na ata.

Em outro ponto, o BC pontuou que seu cenário básico e balanço de riscos “indicam ser apropriado um ciclo de elevação da taxa de juros para patamar acima do neutro”. O patamar neutro é aquele em que, em tese, ocorre crescimento econômico sem aumento da inflação. Essas ideias expressas na ata já constaram no comunicado da semana passada.

Na ata, o Copom reafirmou que a alta der 1,00 ponto porcentual da Selic anunciada na semana passada é uma decisão que “reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2022 e, em grau menor, o de 2023”.

Na ata, o BC pontuou que o ajuste da Selic em 1,00 ponto, para 5,25% ao ano, “também reflete a percepção do Comitê de que a piora recente em componentes inerciais dos índices de preços, em meio à reabertura do setor de serviços, poderia provocar uma deterioração adicional das expectativas de inflação”.

Em outro trecho do documento, a autoridade monetária afirmou que “considera que, neste momento, a estratégia de ser mais tempestivo no ajuste da política monetária é a mais apropriada para garantir a ancoragem das expectativas de inflação”. Tais ideias expressas na ata já constaram no comunicado da semana passada.

Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues

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Estadão Conteúdo

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