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IFIX recua com perspectiva de Selic acima das estimativas

O IFIX operava em queda em meio à preocupação com a alta dos juros (Foto: Shutterstock)

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em baixa pelo quarto dia consecutivo nesta quinta-feira (5), após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 4,25% para 5,25% ao ano. Na quarta-feira (4), o índice fechou em queda de 0,28%, aos 2.793 pontos.

Os investidores se preocupam com o movimento de alta dos juros conforme as projeções passam a sugerir que a Selic deve chegar a 7% ou 7,5% ao fim deste ano, superando estimativas anteriores. Isso ocorre, como destaca Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, porque “a relação entre taxa Selic e o IFIX é inversamente proporcional. Ou seja, em épocas de juros em alta, a tendência é de queda para o IFIX”. O economista menciona ainda que “o desempenho do setor de imóveis, lastro para investimentos em fundos, é bastante dependente do cenário de juros (quanto mais altas as taxas do crédito, mais custoso lançar, construir e comprar imóveis)”, indicando que a elevação da Selic deve impactar o mercado imobiliário como um todo.

As estimativas de juros mais altos ao fim de 2021 se amparam ainda na percepção de que as pressões inflacionárias no momento atual talvez sejam mais intensas do que vem sendo consideradas, o que pode significar que a alta de 1 ponto percentual na Selic seja insuficiente e não provoque as reações esperadas, conforme avalia o economista e diretor executivo da NGO, Sidnei Moura Nehme. “Ao invés de insinuar que dará continuidade à elevação do juro, entendemos que seria melhor que [o Copom] antecipasse a sua decisão e demonstrasse maior acuidade no trato da situação, antecipando-se ao aumento das pressões”, complementa.

Destaques

O Continental Square Faria Lima (FLMA11), fundo que atua com o arrendamento e locação de uma parte do empreendimento de mesmo nome, liderava as altas do IFIX, subindo 1,09%, aos R$ 137,49. O Ourinvest Logística (OULG11), fundo de papéis, exibia a segunda maior alta, com valorização de 1,1%, sendo negociado a R$ 67,98. A terceira maior valorização era do Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), fundo de papéis, que exibia alta de 0,77%, sendo cotado a R$ 92,72.

Na outra ponta, a maior queda era do Brazil Realty (BZLI11), fundo híbrido,, caindo 3,15% e sendo negociado a R$ 14,72. A segunda maior desvalorização era do Santander Renda de Aluguéis (SARE11), fundo do segmento de lajes comerciais, que caía 3,02%, a R$ 84,43. Por fim, a terceira maior desvalorização era do General Shopping Ativo e Renda (FIGS11), fundo que investe em imóveis desenvolvidos ou administrados pela General Shopping Brasil, que recuava 2,06%, sendo cotado a R$ 60,12.

Ao fim da manhã, o IFIX recuava 0,19%, aos 2.787 pontos.

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