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Bolsas de NY fecham em queda, de olho em balanços e com Amazon puxando baixas

Nesta sexta-feira, as bolsas de NY fecharam em queda (Foto: Predrag Kezic/Pixabay)

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta sexta-feira, 30, lideradas por companhias de tecnologia, que foram prejudicadas pelo recuo de mais de 7% da Amazon. Investidores seguiram atentos à temporada de balanços corporativos, enquanto acompanharam a divulgação de dados de inflação, consumo e renda dos Estados Unidos.

O índice Dow Jones recuou 0,42% hoje, e 0,36% na semana, aos 34.936,13 pontos, e o S&P 500 fechou em queda diária de 0,54% e semanal de 0,37%, aos 4.395,29 pontos. Já o Nasdaq cedeu 0,71%, aos 14.672,68 pontos, com baixa semanal de 1,11%.

Entre as companhias de maior peso tanto do S&P 500 quanto do Nasdaq, a Amazon viu sua ação recuar 7,56% hoje, após a empresa divulgar balanço corporativo que decepcionou investidores. Apesar do lucro por ação do segundo trimestre ter vindo acima das expectativas, as vendas líquidas no período ficaram aquém do esperado pelo mercado.

Além disso, a companhia foi multada em 746 milhões de euros pela União Europeia (UE) no dia 16 de junho, segundo revelou hoje um documento da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), por práticas relacionadas à publicidade da Amazon que teriam infringido as regras de proteção de dados da UE.

As perdas da gigante varejista contaminaram ações de companhias de tecnologia em Nova York, enquanto investidores reagiam aos balanços desta sexta-feira. Entre eles, a Procter & Gamble surpreendeu no lucro e receita do 4º trimestre fiscal de 2021, e sua ação subiu 2,03%. Já a Restaurant Brands International informou que dobrou seu lucro na comparação anual do segundo trimestre, e o papel da empresa avançou 5,07%.

Entre destaques negativos, Caterpillar (-2,67%), ExxonMobil (-2,29%) e Chevron (-0,78%) recuaram hoje, apesar de resultados trimestrais que superaram as previsões de analistas.

Para a Capital Economics, a recuperação dos mercados acionários de Nova York dos níveis baixos provocados pela crise do coronavírus já atravessou a maior parte de seu percurso, e os avanços dos índices devem moderar nos próximos. A consultoria avalia que há pouco escopo para que os balanços de empresas surpreendam positivamente investidores daqui em diante, e duvida que o “impulso que os mercados receberam de avaliações mais positivas no ano passado continuarão”.

Além dos resultados corporativos, operadores acompanharam a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que subiu 0,5% em junho ante maio. Já a renda pessoal nos EUA avançou 0,1%, e os gastos com consumo tiveram alta de 1,0%, ambos no mesmo período.

Ainda na seara de indicadores, a Universidade de Michigan informou que o índice de sentimento do consumidor americano caiu de 85,5 em junho a 81,2 na leitura final julho. As divulgações dos dados reduziram levemente a queda dos índices acionários, mas não o suficiente para inverter o movimento.

Em outro tópico acompanhado de perto por investidores, o presidente da distrital de St. Louis do Fed, James Bullard, defendeu que a entidade comece a reduzir os estímulos monetários nos EUA a partir do fim de setembro, até o fim do primeiro semestre de 2022. O dirigente ainda disse temer que um novo choque inflacionário no país obrigue o BC americano a reagir abruptamente, caso o aperto monetário seja adiado.

Por Gabriel Caldeira

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