Atualizada às 10h45
A empresa de telecomunicações Oi (OIBR3, OIBR4), atualmente em recuperação judicial, divulgou nesta segunda-feira (19) o seu plano estratégico para o triênio entre 2022 e 2024. O plano é pautado na busca por um modelo de negócio sustentável por meio da aceleração das receitas dos negócios core e implementação de novas fontes de receita, da readequação da sua estrutura de custos, do equacionamento da concessão e do desenvolvimento da operação de fibra óptica InfraCo, transformando a empresa na “Nova Oi”.
Conforme comunicado ao mercado, a Oi diz ter como visão se tornar líder em soluções digitais e conexões de fibra óptica no País, e aposta no crescimento da InfraCo para atingir esse objetivo, já considerando a possibilidade de abertura de capital da operação no futuro.
Em seu planejamento, a companhia faz projeções otimistas para o ano de 2024, incluindo receita líquida entre R$ 14,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, com cerca de 8 milhões de casas conectadas com fibra, e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre R$ 1,9 bilhão e R$ 2,3 bilhões. Assim, a Oi deve seguir com sua estratégia de redução de custos para alcançar um nível mais elevado de sustentabilidade financeira para seus negócios.
Ao mesmo tempo em que busca reduzir custos e dar sequência ao programa de desinvestimentos, a Oi também se mantém atenta a novas fontes de receita, com o objetivo de obter uma quantia entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão de receita incremental em 2024.
Além disso, em termos de endividamento, a Oi projeta que sua relação dívida líquida sobre Ebitda Proforma (ou seja, Nova Oi mais 40% da InfraCo) seja de 3,7 vezes em 2024.
Corte de custos
Além do seu plano de investimentos para criar a Nova Oi, a companhia anunciou também também um programa de corte de R$ 1 bilhão em custos até 2024.
A volume de economias previstas é novo, destacou o presidente do grupo, Rodrigo Abreu. Em 2019, a tele já havia lançado iniciativa com a mesma meta de cortar R$ 1 bilhão em despesas, chegando a ultrapassar a meta neste ano, com economias totais de R$ 1,176 bilhão.
Na próxima tesourada, estão previstas economias de aproximadamente R$ 350 milhões com vendas, marketing e atendimento, R$ 320 milhões na organização e suporte ao negócio, R$ 150 milhões em sistemas e processos de TI, e R$ 400 milhões com redes e operações.
Segundo Abreu, isso passará por aceleração de algumas iniciativas já em andamento, como substituição e desligamento de redes antigas de cobre; revisão de operações deficitárias; formação de parcerias; otimização de imóveis, lojas e centros de distribuição; redesenho da governança, entre outros pontos; e conclusão da venda de ativos.
Ações
Na manhã desta segunda-feira negativa na B3, as ações ordinárias (OIBR3) e preferenciais (OIBR4) recuavam, respectivamente, 1,25% e 0,45%, cotadas a R$ 1,58 e R$ 2,23. No mesmo instante, o Ibovespa perdia 1,17%, aos 124.485 pontos.
(Com Estadão Conteúdo)
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