Mercados

Ásia: bolsas fecham na maioria em baixa com aversão a risco por piora da pandemia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira (19) diante da aversão a risco no exterior. Os investidores reagem à piora da pandemia de covid-19 em diversas partes do mundo devido ao avanço da variante delta, que é altamente contagiosa. Em Pequim, havia também expectativa pela decisão de política monetária do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).

Na China continental, o índice Xangai Composto encerrou a sessão praticamente estável, em 3.539,12 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,1%, a 2.452,32 pontos.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng recuou 1,8% em Hong Kong, a 27.489,78 pontos, e o Kospi teve baixa de 1% em Seul, a 3.244,04 pontos, após a Coreia do Sul impor restrições mais rígidas a reuniões privadas em todo o país para tentar conter a cepa delta.

“Os mercados da Ásia começaram a semana de forma negativa devido à preocupação com o rápido aumento dos casos globais da variante delta, bem como com uma perspectiva econômica de desaceleração”, afirma o analista-chefe de mercado da CMC Markets, Michael Hewson.

O Nikkei, por sua vez, caiu 1,3% no Japão, a 27.652,74 pontos. No fim de semana, os organizadores da Olimpíada de Tóquio informaram que dois atletas testaram positivo para a covid-19.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho, após um reforço do lockdown no país para conter a onda de infecções por covid-19. O S&P/ASX 200 caiu 0,8% em Sydney, a 7.286,00 pontos. Segundo analistas, a Indonésia, por sua vez, se tornou o novo epicentro da pandemia na Ásia.

Os investidores também acompanharam uma queda nos preços do petróleo após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) chegar a um acordo para continuar com o aumento gradual da produção da commodity, em meio à retomada da demanda global e alta nos preços.

No começo do mês, uma reunião do grupo foi suspensa após um desentendimento entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, agora resolvido. Em reportagem, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, havia mostrado que analistas apostavam em uma resolução do impasse.

Mais tarde, o mercado acompanhará a definição do PBoC sobre as taxas de juros usadas como referência no país para empréstimos de curto e longo prazo, chamadas de LPR. Em junho, o BC chinês manteve a LPR de um ano em 3,85% e a de cinco anos, em 4,65%. Recentemente, contudo, a autoridade monetária decidiu cortar a taxa do compulsório bancário. (Com informações da Dow Jones Newswires).

Por Iander Porcella

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Estadão Conteúdo

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