Ações de Tegma e JSL caem com fim de tratativas para fusão

As ações das empresas de logística rodoviária JSL (JSLG3), controlada pela holding Simpar (SIMH3), e Tegma (TGMA3) sofrem fortes perdas em pregão negativo na B3 nesta segunda-feira (19), com o fim das tratativas de fusão entre as companhias.

Na sexta-feira (16), a Tegma declinou a proposta de combinação de negócios apresentada por Simpar e JSL, justificando com auxílio de um assessor financeiro que os termos da operação não refletiam o “adequado valor da companhia”.

Em resposta, nesta segunda-feira, a JSL deu a entender que não seguirá negociando com a Tegma, indicando desfecho das conversas. “Em virtude do caráter definitivo da proposta, a JSL reforça que seguirá executando seu planejamento estratégico independente da Operação, seja de maneira orgânica ou através de aquisições, atuando como líder e consolidadora do setor de logística rodoviária no Brasil”, diz o comunicado ao mercado.

“Durante o período de15 dias em que sua proposta esteve válida, a JSL não foi convidada a se reunir com a Tegma e seus assessores para apresentar, em detalhes, o racional, os méritos da Operação e potenciais sinergias”, acrescenta a mensagem da JSL.

A companha destacou ainda que “não houve oportunidade para demonstrar o preço justo das ações da JSL que seriam dadas como parte relevante do pagamento, as quais acreditamos não refletirem em seu preço atual os fundamentos existentes para criação de valor sustentável no longo prazo”. De acordo com a JSL, as 5 aquisições realizadas desde o seu IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) adicionaram R$ 1,6 bilhão à receita bruta da empresa.

“Para nós, apesar de não ter sido bem-sucedida, a proposta de fusão com a Tegma apenas reforçou o quão desvalorizada JSLG3 está, uma vez que o mercado ainda não está precificando totalmente as aquisições já realizadas”, dizem os analistas do BTG Pactual Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil, em relatório.

Por volta de 13h00 (horário de Brasília), as ações da Tegma recuavam 7,6%, cotadas a R$ 24,49. Já os papéis da JSL caíam 3%, para R$ 12,11. No mesmo instante, o Ibovespa tinha desvalorização de 1,5%, aos 124.075 pontos.

Desde o início de intenção de combinação de negócios, a ação da JSL subiu cerca de 5% e a da Tegma, cerca de 15%.

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