Economia

Neurotech: demanda por crédito no País cresce 33% no 1º semestre

A busca por crédito no Brasil fechou o primeiro semestre com crescimento de 33%, indicando recuperação das fortes perdas registradas por causa dos efeitos da pandemia de covid-19, mostra levantamento da Neurotech. O aumento foi puxado pelos setores de serviços e de varejo, segundo o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC).

A procura por financiamento no segmento de serviços subiu 101% nos seis primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2020. No varejo, a expansão foi de 67%, enquanto essa parcela em bancos e financeiras cresceu 22% no primeiro semestre deste ano.

O avanço registrado pelo INDC em serviços e no varejo está em nível “confortável”, quando comparado ao período pré-pandemia e ainda exibem potencial de crescimento, avalia Breno Costa, diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech. Ele diz que a população está consumindo mais e sente-se mais otimista também para retomar “a vida normal”, à medida que a vacinação contra o coronavírus vai avançando no País. Contudo, pondera que ainda não é possível cravar uma forte retomada da demanda por crédito.

Quanto ao avanço menor de instituições financeiras ante o varejo e serviços na primeira metade do ano, Costa explica que, no caso do primeiro, não houve grandes perdas substanciais em junho de 2020. Naquela ocasião, diz, o segmento já se encontrava no patamar pré-crise.

Em junho, o INDC subiu 3%, tendo apresentado oscilações nos meses anteriores, com ajuste sazonal: caiu 9% em fevereiro, cresceu 2% em março, cedeu 11% em abril e avançou 13% em maio. No mês passado, dois dos três setores registraram crescimento em relação a maio: bancos e financeiras tiveram aumento de 3% e serviços, de 20%. Já o varejo apresentou declínio de 5%. “Deve-se ressaltar que este último havia registrado alta de 19% na comparação maio-abril.”

No acumulado em 12 meses até junho de 2021, a demanda por crédito teve expansão de 24%, com os financiamentos em serviços subindo 148%, varejo crescendo 85% e bancos e financeiras, 6%.

Por Maria Regina Silva

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Estadão Conteúdo

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