As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em baixa na manhã desta sexta-feira (16), em linha com o desempenho do dólar, apesar da instabilidade registrada pela moeda americana. O principal indicador do dia veio dos Estados Unidos: as vendas no varejo do país cresceram 0,6% em junho ante maio, resultado que surpreendeu analistas, que previam queda de 0,4% nas vendas do último mês.
O desempenho acima do esperado no varejo americano em tese reforça a percepção de necessidade de retirada dos estímulos econômicos no país antes do previsto. No entanto, esbarra na defesa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que as pressões inflacionárias nos EUA são temporárias. Ainda assim, as taxas dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, passaram a subir após a divulgação do dado. No Brasil, a agenda é escassa e teve como destaque o IGP-10 de julho, que se desacelerou para 0,18%, ligeiramente acima da mediana das estimativas do mercado (0,15%).
Às 10h, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 tinha taxa de 5,800%, ante 5,829% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 7,28%, contra 7,31% do ajuste anterior. Na ponta mais longa, o DI de janeiro de 2025 tinha a taxa reduzida de 8,28% para 8,25% e o vencimento de janeiro de 2027 mostrava recuo de 8,67% para 8,63%.
Por Paula Dias
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