O fundo de investimento quantitativo Bracco FIM, da gestora Galapagos Capital, oferece aos cotistas uma alternativa de investimento descorrelacionada com os principais índices do mercado sem descuidar da busca por uma boa rentabilidade, conforme explica Ubirajara Silva, gestor do fundo, em entrevista ao Mercado News.
Diferentemente dos fundos convencionais, a seleção de ativos do Bracco é sistemática, e busca se aproveitar das tendências do mercado por meio de um modelo que compra ativos quando estes começam a sinalizar alta e se desfaz dos ativos que começam a sinalizar baixa. O fundo opera com as ações mais líquidas da Bolsa e também com compra e venda de dólares.
“Pegando o Bracco desde o início, quando comparado com o Ibovespa, a correlação entre os dois é quase 0. Isso faz com que a carteira do investidor fique mais diversificada. […] E ter um fundo descorrelacionado com o Ibovespa e com uma performance-alvo alta é algo maravilhoso para a carteira do investidor.”
Seleção de ativos
Ubirajara Silva explica que o Bracco opera por meio de um modelo principal que possui 10 variações, que funcionam como modelos de curto, médio e longo prazo. Essas variações, segundo o gestor, servem para que o fundo não coloque “todas as fichas em um determinado ativo no mesmo momento”.
Para ilustrar o funcionamento deste modelo, o gestor cita o exemplo das ações da mineradora Vale (VALE3). “À medida que Vale começou a apresentar uma tendência de alta, os modelos de curto prazo começaram a alocar nesse ativo, e conforme o papel vai apresentando um bom desempenho, nós continuamos comprando. Portanto, as posições que dão certo no Bracco são essas que nós vamos comprando conforme vão subindo. Compramos Vale a R$ 60,00, R$ 65,00, R$ 70,00, e seguimos alocando.”
Silva diz ainda que uma particularidade do fundo é o fato de que o sistema aloca mais recursos em uma determinada posição conforme o ativo apresenta um bom desempenho. Da mesma forma, o modelo inicia um movimento de redução de posição quando um determinado ativo começa a se desvalorizar, ao contrário do que muitos investidores fazem, investindo em posições que apresentam um desempenho ruim na tentativa de fazer preço médio. A ausência do fator humano, nesse caso, se revela uma vantagem dos fundos quantitativos.
Ao abordar a questão da busca constante por melhorias no modelo do Bracco, Silva diz que a equipe de gestão se baseia em 3 pilares: a volatilidade do fundo, a máxima perda que o cotista pode ter e o retorno. “Portanto, estamos sempre buscando obter o maior retorno possível, com a menor volatilidade e a menor máxima perda para o cotista. “
Diversificação
Se tratando dos setores nos quais o fundo investe, o gestor destaca que, como o modelo é totalmente sistematizado e opera com as ações mais líquidas da B3, ele acaba alocando recursos em quase todos os setores do mercado. A seleção de ativos é completamente sistematizada, livre da influência de qualquer fator fundamentalista, sendo guiada exclusivamente pelo preço dos ativos, levando em consideração o preço máximo, o preço mínimo e o preço de fechamento.
Desempenho
O fundo se beneficiou da alta de empresas ligadas a commodities, em especial dos setores de siderurgia e mineração, e do bom desempenho dos bancos digitais no primeiro semestre de 2021, obtendo alta expressiva de 14% nos 5 primeiros meses do ano. Desde a criação do fundo, há pouco mais de 2 anos, ele acumula valorização de 35%.
Outro fator importante que vem permitindo o crescimento do fundo, conforme destaca Bruno Carvalho, sócio e responsável pela relação com investidores da Galapagos Capital, é a disponibilização do Bracco para para outras gestoras de patrimônio, outros bancos e outras plataformas de investimento, combinada com a redução da aplicação mínima de R$ 5 mil para R$ 1 mil.
“[O Bracco] começou como um produto exclusivo da Ativa WM, e com a aquisição da Ativa WM pela Galápagos, transformando-a em Galápagos WM, o fundo foi aberto para o público geral. Desde a nossa migração para a Galápagos, o fundo dobrou de patrimônio”, complementa Ubirajara Silva.
Fundos quantitativos
Bruno Carvalho também destaca que, com o avanço do processo de educação financeira no Brasil, cada vez mais investidores buscam opções de investimento voltadas para a diversificação das carteiras. Além disso, o mercado de capitais brasileiro enfrenta um problema de grande correlação entre classes de ativos diferentes, já que a bolsa de valores brasileira é relativamente pequena e possui um nível de diversificação dos setores relativamente limitado em comparação com o resto do mundo. Esses fatores tornam os fundos sistemáticos, e o Bracco, especificamente, atraentes para os investidores que desejam diversificar suas carteiras com opções que apresentam baixa correlação com os principais índices brasileiros.
“Temos modelos chamados de ‘high touch’, ‘low touch’, modelos nos quais a máquina opera sozinha, modelos que operam todas as classes de ativos, outros mais focados em um determinado segmento, enfim, o interesse do público vem aumentando e nós estamos percebendo claramente que, dentro desse processo de educação financeira, existe um trabalho sendo feito por influencers e por outras casas relevantes do mercado no intuito de mostrar para o investidor que investir um pouco em cada um desses novos segmentos que estão surgindo faz parte do processo de diversificação”, acrescenta.
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