Empresas

Magazine Luiza compra KaBuM! por R$ 1 bi de olho no mercado de games

O Magazine Luiza (MGLU3) adquiriu a plataforma de e-commerce de tecnologia e games KaBuM! pelo valor de R$ 1 bilhão, acrescido da emissão de 75 milhões de ações ordinárias MGLU3 para os acionistas do KaBuM!. Além disso, o contrato conta com a possibilidade de bônus de subscrição com exercício condicionado ao cumprimento de metas, que pode resultar no direito de mais 50 milhões de ações ordinárias pelos acionistas da empresa adquirida.

O KaBuM! foi fundado em 2003 e conta, atualmente, com mais de 2 milhões de clientes ativos e 20 mil itens diferentes em estoque, sendo referência no comércio de computadores, tecnologia e produtos direcionados para o universo gamer. As vendas da companhia foram impulsionadas pela pandemia de Covid-19 em 2020, e nos últimos 12 meses a empresa superou a marca de R$ 3,4 bilhões em receita bruta, obtendo lucro líquido de R$ 312 milhões no período.

Com a aquisição, os produtos do KaBuM! serão oferecidos no SuperApp do Magalu, e os clientes do KaBuM! contarão com a infraestrutura de entregas da compradora. Por outro lado, produtos comercializados pelo Magalu, como aparelhos de televisão e smartphones, serão disponibilizados também para os clientes do KaBuM!.

Processo competitivo

“Foi um processo competitivo, eles chegaram a conversar com outras empresas. Foi um processo relativamente quente”, diz Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza sobre a transação.

Para ele, a intenção de venda do ativo veio do entendimento que o melhor para a plataforma seria a combinação com um ecossistema grande. “O e-commerce de nicho é muito específico. Por melhor que ele seja e mais rentável, em algum momento um dos grandes players pode entrar no mercado deles. E eles estão no melhor momento de sua história na pandemia”, diz Trajano.

A negociação foi trabalhosa, já que com uma operação rentável e organizada, o Kabum! não precisava da venda e podia fazer suas exigências. “Era um ativo que interessava a outros também. Se fôssemos muito conservadores, perderíamos o negócio”, pondera Trajano. Ele avalia que o valor acordado, que representa a maior aquisição da história do Magalu, foi justo.

A operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

(Com Estadão Conteúdo)

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

João Marinho

Recent Posts

Gerdau interrompe operações nas unidades de Charqueadas e Riograndense devido às chuvas no RS

A Gerdau suspendeu as operações siderúrgicas nas unidades de Charqueadas e Riograndense, ambas no Rio…

29 minutos ago

PT e PSOL recorrem novamente à Justiça e pedem anulação de votação na Câmara de SP sobre Sabesp

As bancadas do PT e do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo apresentaram à…

1 hora ago

Petrobras investe R$ 20 milhões em pesquisa sobre hidrogênio branco

A Petrobras anunciou que vai investir R$ 20 milhões em pesquisas sobre os processos de…

3 horas ago

Apple tem lucro líquido de US$ 23,64 bilhões no 2º trimestre fiscal

A Apple registrou lucro líquido de US$ 23,64 bilhões no segundo trimestre fiscal, uma queda…

3 horas ago

Aftosa: pedido de reconhecimento do Brasil como área livre será feito em agosto

O Brasil buscará o reconhecimento internacional como livre de febre aftosa sem vacinação junto à…

5 horas ago

Nunes diz que Câmara de SP deu exemplo ao permitir privatização da Sabesp e não teme revés

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou na noite desta quinta-feira, 2, poucos…

7 horas ago