Mercados

Ibovespa recua aos 125 mil pontos; dólar volta a R$ 5,21

Com o dólar de volta a R$ 5,21 na máxima desta terça-feira, 6, após interlúdio que o havia levado aos R$ 4,89 no melhor momento recente, o Ibovespa cedeu hoje 1,44%, a 125.094,88 pontos, entre mínima de 124.866,38 e máxima de 126.919,36 pontos, da abertura, com giro financeiro a R$ 30,1 bilhões. Na semana, o índice cai 1,98%, elevando as perdas neste começo de mês a 1,35% – no ano, limita o ganho a 5,11%. Em Wall Street, após o feriado pelo 4 de julho, as perdas foram limitadas a 0,60% no encerramento (Dow Jones), com os três índices de ações americanos vindo da renovação de recordes no fechamento da semana passada – hoje, o Nasdaq voltou a fechar em alta, de 0,17%, em nova marca histórica.

Nesta terça-feira, a combinação de extensão de auxílio emergencial, queda de popularidade presidencial, aproximação de campanha eleitoral polarizada e as investigações sobre compra de vacinas ainda azedaram o humor do investidor, que vinha em recuperação, amparado na retomada de fluxo estrangeiro e na melhora de dados econômicos domésticos. Assim, enquanto parte de NY realizou lucros moderadamente, o Ibovespa atingiu o menor nível de fechamento desde 27 de maio (124.366,57 pontos), com perdas bem distribuídas por empresas e setores.

Bradespar (+1,42%), Vale ON (+0,53%) e Energisa (+0,09%) foram as três exceções positivas na carteira Ibovespa, com Petrobras PN e ON em queda respectivamente de 4,09% e 3,74%, ambas nas mínimas do dia no fechamento, e perdas generalizadas em outros segmentos de peso, como bancos (Bradesco ON -1,55%, BB ON -1,50%, Santander -1,70%) e siderurgia (CSN ON -2,13%). Na ponta negativa do Ibovespa, PetroRio (-5,82%), Azul (-4,17%) e Petrobras PN (-4,09%).

“Mais um dia de mercado fraco em volume, aquela sensação de desaceleração, sem gringo, já de férias, e que vinha comprando papéis da cesta Ibovespa. O local está mais reticente, colocando um pouco no bolso após boa andada. Lá fora, está fraco também e aqui, muitos ruídos, políticos e de reforma tributária, o que deixa o mercado mais pesado, com venda líquida”, diz Cesar Mikail, gestor de renda variável da Western Asset.

“Mercados seguem com os temores, os barulhos da CPI e da política, que têm interferido no curto prazo, fazendo com que se tenha uma realização mais forte. Junto a isso, tem um pouco do impasse do petróleo (na Opep+), sem uma solução sobre a recomposição da oferta da commodity, e também a expectativa para a ata do Fed, amanhã, em que o mercado vai tentar fazer a leitura sobre quando (o BC dos EUA) voltará a subir juros”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, destacando que, na “base estrutural”, nada mudou com relação aos fundamentos.

Por Luís Eduardo Leal

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Estadão Conteúdo

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