A A.P. Moller-Maersk e os estaleiros Hyundai Mipo fecharam um contrato para a Hyundai Mipo construir um navio alimentador com tecnologia de dois motores que permite navegar com metanol ou combustível tradicional com teor de enxofre considerado “muito baixo”. A Maersk anunciou a intenção de encomendar o projeto, o primeiro da indústria, em 17 de fevereiro. Ele navegará com a bandeira dinamarquesa.
“Este navio porta-contêiner inovador mostra que soluções em escala para resolver adequadamente o desafio de emissões já estão disponíveis hoje”, disse a CEO da Fleet & Strategic Brands, A.P. Moller-Maersk, Henriette Hallberg Thygesen.
De acordo com ela, os navios “do futuro”, por serem neutro em emissão de carbono, estarão em operação a partir de 2023. “Muitos clientes nos procuram em busca de ajuda para descarbonizar suas cadeias de abastecimento”, relatou.
A embarcação terá 172 metros de comprimento e navegará na rede da Sealand Europe, uma subsidiária da Maersk, na rota marítima do Báltico entre o Norte da Europa e a Baía de Bótnia.
A empresa informou que a configuração de propulsão de metanol para a embarcação será desenvolvida pela MAN Energy Solutions e a Hyundai Engine and Machinery (motor principal) e Himsen (motor auxiliar) em colaboração com Hyundai Mipo e Maersk. A empresa de classificação será a American Bureau of Shipping (ABS).
“Desenvolver este navio é um desafio significativo, mas já avançamos muito em nosso trabalho com o estaleiro e os fabricantes para alcançar este marco. Enquanto estamos sendo pioneiros na nossa indústria, trabalhar com tecnologias comprovadas e com potencial de custo de maior escala está se tornando muito claro para nós”, comentou o chefe de tecnologia de frota da A.P. Moller-Maersk, Ole Graa Jakobsen.
A companhia informou que mais da metade de seus maiores clientes definiram – ou estão em processo de definição – metas ambiciosas com base científica ou zero carbono para suas cadeias de abastecimento.
A construção do navio, dessa forma, apoiaria o crescente número de clientes da empresa que passaram a procurar produtos neutros em carbono.
Por Célia Froufe
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