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Bolsas de NY fecham em alta, com inflação e infraestrutura; S&P 500 tem recorde

Maioria das bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda, 25, em sessão que observou a inflação nos Estados Unidos, com a publicação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) em maio. Além disso, o mercado avaliava as perspectivas do pacote de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão no país, cuja proposta foi divulgada ontem pelo presidente Joe Biden e agora segue para o Congresso. O cenário levou o S&P 500 a renovar seu recorde de fechamento.

O índice Dow Jones subiu 0,69%, aos 34.433,84 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 0,33%, aos 4.280,70 pontos, e o Nasdaq recuou 0,06%, aos 14.360,39 pontos. Na comparação com o fechamento de sexta-feira da semana passada, as altas foram de 3,44%, 2,74% e 2,35%, respectivamente.

As ações nos EUA alcançaram recordes depois que o indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), o PCE, atingiu o pico de 3,4% e aumentaram as expectativas de que a economia se beneficiará dos gastos com infraestrutura no outono, afirma Edward Moya, analista da OANDA. A sessão iniciou com alta generalizada, incluindo o recorde intraday do Nasdaq. O PCE atingiu os níveis mais altos desde o início dos anos 1990, com a reabertura da economia combinada com os efeitos da base de comparação deprimida do ano passado. “Os dados de hoje foram mais um voto de confiança de que a inflação é um campo transitório”, avalia Moya.

“Investidores apoiaram o projeto de lei bipartidário de infraestrutura do governo Biden”, aponta o analista. A meta é terminar o processo até recesso de agosto, mas o final de setembro ou início de outubro é provavelmente mais realista. A atual proposta não contempla mudanças tributárias relevantes para pagar pela chamada infraestrutura tradicional. No entanto, o projeto de “infraestrutura humana, que ainda tem muito debate, não estará vinculado ao projeto bipartidário”, e aumentos de impostos acabarão acontecendo quando a segunda conta for negociada, acredita Moya.

Entre as empresas, Nike foi destaque, com alta de 15,53%, depois de publicar resultados acima do esperado, o que levou a algumas revisões em alta para os preços de recomendação de compras do papel da empresa. No Nasdaq, algumas companhias tiveram correção após uma semana de ganhos. No Twitter, a sessão foi encerrada com queda de 0,47%, mas a variação semanal foi um avanço de 11,64%, marcado pelos anúncios de projetos para monetização da rede. Já a Amazon teve mais uma queda, 1,38%, com notícias indicando um Prime Day nesta semana abaixo do esperado por analistas.

Por Matheus Andrade

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Estadão Conteúdo

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