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Dólar recua em meio a RTI e apetite por ativos de risco no exterior

O dólar opera em queda, após oscilar nos primeiros negócios, em meio à leitura do Relatório trimestral de Inflação (RTI). No documento, o Banco Central volta a indicar um novo aumento de 75 pontos-base da Selic em agosto, para 5,25%, mas deixa também a porta aberta para um aperto maior.

A autoridade enfatizou que uma “deterioração de expectativa de inflação pode exigir redução mais tempestiva de estímulos”, abrindo espaço para um aperto monetário mais agressivo, como já tinha feito a ata do Copom na última terça-feira (22). O BC também repetiu que uma reversão, ainda que parcial, da alta recente nos preços das commodities internacionais em moeda local “produziria inflação abaixo do cenário básico”.

Mais tarde, ficam no radar os comentários sobre o RTI do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, às 11h, mesmo horário do leilão de LTN, NTN-B e LFT.

No exterior, são esperados indicadores dos EUA, como os pedidos semanais de auxílio desemprego e o PIB do primeiro trimestre (ambos às 9h30), e as falas de três dirigentes do Federal Reserve que votam nas reuniões de política monetária deste ano: Thomas Barkin, de Richmond, fala às 10h e às 17h; Raphael Bostic, de Atlanta, às 10h30; e John Williams, de Nova York, às 12h.

Além disso, ficam no radar as discussões sobre o pacote de infraestrutura dos EUA. Ontem um grupo bipartidário uniu-se à Casa Branca e chegaram a acordo por oferta de pacote de infraestrutura, que deve ser discutido hoje, de acordo com o senador da oposição, Mitch Romney.

No mercado de moedas, o índice DXY que compara o dólar ante seis rivais recuava 0,03%, a 91,771 pontos. O euro subia a US$ 1,1940, de US$ 1,1923, apoiado pelo aumento da confiança na Alemanha acima do esperado, enquanto a libra cedia a US$ 1,3901, de US$ 1,3954, após decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), que manteve a taxa básica de juros em 0,1% e o tamanho do programa de compra de ativos em 895 bilhões de libras.

Às 9h20 desta quinta, o dólar à vista caía 0,31%, a R$ 4,9467. O dólar futuro para julho cedia 0,43%, a R$ 4,9490.

Por Silvana Rocha

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Estadão Conteúdo

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