Os índices acionários europeus registraram fortes recuos em geral nesta quarta-feira, revertendo os ganhos dos últimos dois pregões, à medida que investidores se preocupam com a escalada da inflação nos Estados Unidos, em meio a comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). A cautela superou a divulgação de indicadores econômicos positivos no Velho Continente.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,73%, aos 453,10 pontos.
O FTSE 100, da bolsa londrina, que teve manhã positiva e contrariava o movimento geral dos índices europeus, inverteu o sinal perto do fim do pregão e fechou em queda de 0,22%, aos 7.074,06 pontos, na mínima do dia. Apesar do recuo, ações do setor de energia deram algum fôlego ao índice, diante da alta de mais de 1% nos contratos de petróleo no mercado futuro.
De acordo com a analista de mercados da Oanda Sophie Griffiths, “o mercado ainda está se ajustando ao choque do Fed na semana passada”, quando a autoridade monetária americana atualizou suas projeções de alta dos juros nos EUA e passou a prever dois aumentos em 2023. Nesse contexto, comentários sobre a inflação no país ficaram no foco de investidores.
Diretora do Fed, Michelle Bowman afirmou hoje ser provável que os preços aos consumidores americanos sigam subindo no decorrer de 2021, e as pressões inflacionárias consideradas temporárias, como os gargalos na cadeia de suprimentos, podem levar “algum tempo” até serem solucionadas.
Diante das perspectivas para os índices de preços na maior economia do mundo e a potencial resposta da política monetária do Fed, o índice Dax, da Bolsa de Frankfurt, recuou 1,15%, aos 15.456,39 pontos, o parisiense CAC 40 fechou em baixa de 0,91%, aos 6.551,07 pontos, o FTSE MIB, de Milão, teve perdas de 0,94%, aos 25.077,14 pontos, e o madrilenho IBEX 35 cedeu 1,10%, aos 8.954,10, todos nas mínimas diárias, a exemplo de Londres. A exceção, neste caso, ficou com o PSI 20, de Lisboa, que caiu 0,71%, aos 5.039,50 pontos.
O temor pela avanço da inflação superou as divulgações de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da região, que sinalizaram para atividade mais forte em países europeus e na zona do euro. O PMI composto deste mês do bloco subiu na preliminar ao maior nível desde junho de 2006, enquanto o da Alemanha registrou sua máxima desde março de 2011. Já o do Reino Unido recuou ante maio, mas seguiu em patamar elevado.
*Com informações de Dow Jones Newswires
Por Gabriel Caldeira*
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