Empresas

SuperFrango, de Goiás, retomará IPO de R$ 1 bilhão

A gigante do frango de Goiás, o grupo industrial São Salvador Alimentos (SSA), dona da marca SuperFrango, vai retomar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no fim do ano, apurou o Estadão. A oferta, estimada para girar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, estava planejada para a primeira metade do ano, mas a companhia resolveu esperar para buscar melhor entendimento dos investidores em relação ao valor da empresa.

A transação vem em um momento em que o brasileiro aumentou o consumo de frango na pandemia por causa da alta no preço da carne bovina. Em 2020, cada brasileiro consumiu 45 quilos de carne de frango, 2,5 kg a mais do que em 2019, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal.

Apesar do crescimento do setor, a SuperFrango não chegou ao preço almejado e decidiu esperar um pouco mais para realizar a oferta. “Várias operações do setor do agro foram postergadas”, disse uma fonte. O setor do agronegócio representa 4% do total das empresas de capital aberto na Bolsa brasileira, contando Marfrig e JBS. Por isso, muitos fundos acabam não se dedicando a entender o setor.

A São Salvador tem como meta avançar para outras regiões do País. Após resolver adiar a operação, a empresa fará uma apresentação mais cuidadosa de seu negócio aos analistas. Ao chegar à Bolsa, a empresa pretende perpetuar suas operações – de perfil familiar.

O nome por trás da companhia é o de João Garrote, empresário conhecido na região e que em três ocasiões vendeu todo seu patrimônio para expandir o negócio – foi assim que, em 1980, ele levantou o capital para seu primeiro abatedouro.

Quatro décadas depois, a empresa tem um faturamento anual de R$ 2 bilhões e já se posicionou como uma das maiores produtoras de carne de frango do Brasil, com dois complexos produtivos em Goiás, com capacidade diária de abate de 520 mil aves. A empresa fornece para 14 Estados e o Distrito Federal e exporta para 38 países.

Ao contrário de grandes produtores, a São Salvador foca nos pequenos supermercados, deixando os grandes varejistas de lado. A empresa diz ter margem Ebitda (lucro depois de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 23%, ante 11,6% da BRF, dona de Sadia e Perdigão. Procurada, a empresa não comentou o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Fernanda Guimarães

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Estadão Conteúdo

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