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Bolsas de NY fecham em alta apesar de salto em inflação; S&P 500 renova recorde

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira, em sessão marcada pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio nos Estados Unidos. Na visão da analistas, a alta acima da expectativa coloca pressão no Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), mas investidores esperam que a autoridade monetária siga com uma retirada gradual de estímulos. Neste cenário, o S&P 500 renovou seu recorde histórico de fechamento.

O índice Dow Jones avançou 0,06%, em 34.466,24 pontos, o S&P 500 subiu 0,47%, a 4.239,18 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,78%, a 14.020,33 pontos.

O CPI de maio nos EUA subiu 0,6% ante abril, com alta anual de 5%, maior avanço inflacionário no país desde agosto de 2008. Em relatório, o Commerzbank destaca o avanço mensal de 0,7% e anual de 3,8% do núcleo do indicador, que exclui setores com preços voláteis e é considerado um bom norte para avaliar a tendência inflacionária.

O banco alemão, dentre diversas outras instituições, estima que o resultado coloca mais pressão para que o Fed reforce as discussões pela retirada de estímulos monetários.

A Pantheon Macroeconomics avalia que o CPI não vai alterar a visão da maioria dos dirigentes do Fed de que as pressões ocorrem por fatores transitórios e gargalos na economia. A queda modesta nos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada, abaixo das estimativas, corroborou a leitura de que o Fed continuará a apoiar o mercado de trabalho, antes de começar o “tapering”.

Entre as empresas, a Boeing subiu 0,12%, após a Bloomberg reportar que a United Airlines negocia a compra de 100 jatos do modelo Max da companhia. Por sua vez, os papéis da companhia aérea recuaram 1,69%. Outra notícia, a confirmação de que os EUA doarão 500 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 da Pfizer a outros países, impulsionou os papéis da empresa, que subiram 2,19%. A expectativa da companhia é entregar 2 bilhões de doses a países de renda baixa e média nos próximos 18 meses.

As ações da GameStop despencaram 27,16%, um dia depois de a companhia ter alta nos papéis seguindo o anúncio da nomeação de ex-funcionários da Amazon para os cargos de CEO e CFO. Nesta quinta, investigações da comissão de valores mobiliários americana (SEC, na sigla em inglês) foram destaque no noticiário da empresa. Outro alvo de movimentos especulativos, as ações da AMC também tiveram forte queda, recuando 13,25%.

Por Matheus Andrade

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Estadão Conteúdo

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