Com 192,8 mil veículos, a produção da indústria automotiva teve tímido crescimento de 1% em maio frente a abril, informou nesta terça-feira, 8, a Anfavea, associação que representa as montadoras, em número que engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
A atividade vem sendo comprometida por falta de componentes, sobretudo eletrônicos, e pressão de custo pelo aumento no preço de insumos como o aço.
Frente a maio de 2020, o crescimento foi de 347,6%, porém a comparação aqui é contra um período em que as montadoras ainda estavam religando as máquinas depois da paralisação completa na chegada da pandemia ao País, com as concessionárias também fechadas por conta do risco de contaminação.
Após recomporem minimamente os estoques de materiais nas semanas paradas pela segunda onda da pandemia entre fim de março e começo de abril, a indústria funcionou com menos interrupções de linha no mês passado. O alívio na crise de abastecimento foi, no entanto, apenas momentâneo, já que diversas montadoras estão voltando a parar porque não há componentes eletrônicos suficientes à produção de automóveis.
Agora, a indústria automotiva acumula alta de 55,6% na produção do ano, com 981,5 mil unidades montadas entre janeiro e maio.
Vendas
As vendas no País, um total de 188,7 mil veículos, subiram 7,7% frente a abril, enquanto as exportações avançaram 9,1%, chegando a 37 mil unidades. No comparativo com maio, quando o mercado foi parado pela crise sanitária, o crescimento foi de 203,4% nas vendas e de 855,4% nos embarques, que têm a Argentina como principal destino.
De janeiro a maio, as vendas acumularam alta de 31,9%, num total de 891,7 mil veículos. Na mesma base de comparação, as exportações, de 166,6 mil unidades nos cinco primeiros meses do ano, tiveram alta de 66,5%.
Emprego
O balanço da Anfavea mostra ainda que as montadoras fecharam 605 vagas de trabalho no mês passado. O setor emprega agora 104,1 mil pessoas.
Tratores e máquinas
A entidade segue sem divulgar os resultados dos fabricantes de tratores e máquinas de construção, também associados à Anfavea, porque está revisando toda a série estatística do setor em função do desligamento da John Deere da associação.
Por Eduardo Laguna
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