O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que, havendo aumento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do inicialmente projetado, o governo promoverá naturalmente o desbloqueio no Orçamento de 2021.
Segundo ele, o bloqueio inicial para a área de Educação é de R$ 2,5 bilhões. No entanto, R$ 900 milhões já estariam em processo de desbloqueio.
Na manhã desta segunda-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB teve alta de 1,2% no primeiro trimestre de 2021, ante o quarto trimestre de 2020. O resultado ficou acima da mediana esperada pelo mercado financeiro (0,70%).
Guedes afirmou ainda, ao tratar da economia de modo geral, que a pandemia “derrubou o Brasil”, que estava “começando a crescer”. Ele também citou a política econômica dos governos anteriores. Segundo ele, a “nova matriz econômica”, colocada em prática no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), gerou recessão no País.
O ministro também negou que tenha prometido zerar o déficit primário ainda no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, em 2019. “Nunca prometi zerar o déficit. Eu dizia que nós queríamos zerar”, pontuou. “Eu tenho meta, não promessa. A meta era zerar o déficit.” Com a pandemia, porém, o governo foi forçado a elevar os gastos, o que ampliou o rombo fiscal.
Ao mesmo tempo, Guedes reconheceu a importância do auxílio emergencial pago pelo governo durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o ministro, é “evidente” que o benefício “ajudou a economia a voltar, a cair menos (em 2020)”.
O ministro também fez uma avaliação da escalada mais recente da inflação no Brasil. Para ele, os preços dos alimentos – um dos fatores de pressão sobre o IPCA – começaram a subir no País por uma “dupla coincidência”: a busca maior por produtos no exterior e o pagamento de auxílio emergencial no Brasil. Estes dois fatores teriam impulsionado os índices.
Guedes participou nesta terça-feira, por meio virtual, de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, para tratar dos cortes orçamentários em universidades públicas e do orçamento do Ministério da Educação, entre outros temas.
Por Fabrício de Castro e Lorenna Rodrigues
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