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Bolsas de NY fecham em alta, com divulgação de orçamento e indicadores no radar

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, em sessão que contou com a publicação de uma série de indicadores nos Estados Unidos. Além disso, o presidente norte-americano, Joe Biden, divulgou o plano orçamentário de seu governo para 2022, em um total de US$ 6 trilhões, enquanto também ocorrem as tratativas para a aprovação de um pacote de infraestrutura no país. Investidores ainda ajustaram posições antes do feriado do Memorial Day, na próxima segunda-feira, 31.

O índice Dow Jones avançou 0,19%, em 34.529,45 pontos, o S&P 500 subiu 0,08%, a 4.204,11 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 0,09%, a 13.748,74 pontos. Na comparação semanal, houve alta 0,90%, 1,15%, 2,06% respectivamente.

Após as publicações dos dados desta sexta, “os dirigentes do Fed – em especial os seus membros governantes – devem permanecer com a visão de que as pressões inflacionárias são transitórias, movidas por gargalos” na cadeia de suprimentos, avalia a Pantheon Macroeconomics, mesmo com o índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de abril apontando para uma alta de 3,6%, na comparação anual, bem acima da meta de cerca de 2% da autoridade monetária americana.

Nesta sexta, o governo Biden divulgou a proposta de orçamento para o ano fiscal de 2022, que começa em outubro. O plano, que requer aval do Congresso, mobiliza US$ 6 trilhões e prevê déficit fiscal de US$ 1,84 trilhão, uma queda em relação a US$ 3,67 trilhões em 2021. A estimativa é de que a dívida pública alcance 111,8% do PIB no ano fiscal.

A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse nesta sexta que o governo americano analisará durante o fim de semana a contraproposta apresentada na quinta-feira pelo Partido Republicano para os investimento em infraestrutura. O pacote, que ainda não começou a tramitar no Congresso, tem o potencial de estimular a economia.

No plano corporativo, os investidores ativistas que ganharam assentos no conselho da Exxon Mobil confirmaram na quinta, ao Financial Times, o intuito de reduzir a produção de petróleo da empresa. “Essas ações representam uma mudança substancial no cenário para as empresas de petróleo, que anteriormente prevaleciam nos tribunais, e em grande parte afastam votos significativos dos acionistas, em questões relacionadas ao clima”, avalia a Moody’s, tendo em vista o cenário, com decisões similares na Europa.

A agência de classificação de risco considera que pode haver aumento de “risco”. Nesta sexta, as ações da ExxonMobil recuaram 0,32% e as da Chevron tiveram alta de 0,76%.

Por Matheus Andrade

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Estadão Conteúdo

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