Categories: Empresas

BNDES seguirá vendendo participações acionárias, diz Montezano

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, reafirmou nesta terça-feira que a instituição de fomento seguirá em sua estratégia de vender suas participações acionárias com o objetivo de realocar o capital em atividades que gerem desenvolvimento. “Estamos fazendo os desinvestimentos com parcimônia e cautela, para realocar esse capital em atividades que tenham risco, mas gerem desenvolvimento”, afirmou Montezano, em palestra durante a CEO Conference, evento online promovido pelo banco BTG Pactual.

Desde que assumiu o comando do BNDES, em julho de 2019, o banco já vendeu R$ 65 bilhões em ações, informou Montezano.

É o mesmo valor informado quando divulgou os resultados financeiros do primeiro trimestre, sem novas operações após terminar de vender papéis da Klabin e da Vale.

O montante sobe para R$ 77 bilhões com a venda das debêntures participativas da mineradora, papéis que o BNDES carregava desde a privatização da companhia, no fim dos anos 1990.

O próprio BNDES já informou que o próximo passo será uma oferta de seus papéis da Copel.

Cedae

Ao tratar da atuação do BNDES no setor de infraestrutura, Montezano comparou a concessão de parte dos serviços da Cedae, a estatal de saneamento do Rio, à privatização do sistema Telebrás, nos anos 1990. Estruturada pelo banco, a concessão dos serviços de água e esgoto na região metropolitana do Rio, e em algumas cidades do interior, foi a leilão mês passado.

Foram concedidos três dos quatro blocos oferecidos pelo governo estadual do Rio. As concessões envolvem investimentos da ordem de R$ 50 bilhões, incluindo obras e taxas de outorga, mas Montezano chamou a atenção para os benefícios da melhoria na prestação dos serviços e da infraestrutura. “Desconheço outro projeto na América Latina com o impacto ambiental como o da Cedae”, afirmou.

O presidente do BNDES disse que a sociedade civil de cada localidade “tem que pedir, tem que clamar” por concessões de saneamento básico, pois, segundo ele, a mobilização social, apoiando a privatização, foi importante para o projeto do Rio finalmente sair do papel.

Por Juliana Estigarríbia e Vinicius Neder

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Petrobras mostra otimismo com produção, em linha com planejamento da empresa

O diretor de Produção e Exploração da Petrobras, Joelson Mendes, reiterou nesta terça-feira, 14, que…

17 minutos ago

STF nega recurso de empregados de Furnas contra decisão que liberou AGE da Eletrobras

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, um recurso da Associação…

2 horas ago

Se necessário, Conab comprará feijão para formação de estoques, diz diretor

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) avalia ações para aquisição de feijão e posterior formação…

2 horas ago

Alibaba lucra menos que o esperado no 4º trimestre fiscal

A Alibaba informou nesta terça-feira, 14, queda anual de 86% no lucro de seu quarto…

2 horas ago

Haddad diz que equipe ainda vai levar ao Congresso proposta para compensação da desoneração

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 14, que a equipe está "terminando…

2 horas ago

Home Depot tem lucro de US$ 3,6 bilhões no 1º trimestre fiscal

A Home Depot teve lucro líquido de US$ 3,6 bilhões em seu primeiro trimestre fiscal…

2 horas ago