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Taxas de juros iniciam semana em alta, de olho em 3ª onda da covid e indicadores

Juros futuros fecharam em alta nesta segunda-feira (Foto: Shutterstock)

Os juros futuros iniciaram a semana com alta, em especial nos vencimentos mais longos, à medida que o mercado pondera o risco de terceira onda da covid-19 e se prepara para a bateria de informações econômicas dos próximos dias. Os agentes monitoraram ainda declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta segunda etapa. Embora não tenha trazido novidades sobre política monetária em suas falas, ele destacou, por um lado, a diminuição do ritmo de vacinação no Brasil, ao mesmo tempo que observou que o mercado tem ajustado para cima as previsões de crescimento.

A taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 passou de 5,005% no ajuste de sexta-feira para 5,045%. O janeiro 2023 foi de 6,758% para 6,80%. O janeiro 2025 avançou de 8,185% a 8,27%. E o janeiro 2027 subiu de 8,764% para 8,86%.

Com os primeiros casos da variante indiana no País, o mercado volta, gradualmente, a colocar a pandemia nos preços dos ativos, dado o risco de terceira onda. No caso dos juros futuros, em especial, o risco fiscal – posto de lado nas últimas sessões – retorna à cena com a chance de nova prorrogação do auxílio emergencial.

“A gente começa a ver mais pressão dentro do próprio governo (por mais auxílio). Estamos muito próximos de 2022 e da eleição presidencial, e o governo quer popularidade em alta. Só consegue isso com duas vias: retomada econômica e auxílio. Uma terceira onda pode prejudicar a atividade, pressionando, então, pelo auxílio, que pega no fiscal”, avalia o sócio estrategista da RIMS3 Capital, Renan Sujii.

Sujii lembra ainda que o mercado monitora passo a passo o caminho da vacinação, que segue lento. Segundo apontou o levantamento Broadcast Vacinas, a média móvel da imunização no Brasil nos últimos sete dias caiu no domingo em 457.934 doses aplicadas diariamente. Uma semana atrás, a média móvel era de 489.741 doses aplicadas.

Em evento nesta segunda-feira à tarde, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu o problema, mas voltou a prever que a imunização será forte no País a partir de junho. “O que de fato está acontecendo em matéria de vacinação é menor do que esperávamos, mas tivemos boas notícias de grandes compras recentes de vacinas”, afirmou.

Por fim, no evento, Campos Neto também sublinhou que o mês de março registrou resultados positivos na recuperação da economia brasileira e apontou que diversas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2021 estão indo em direção aos 4,00%, o que corrobora com a tese de aperto mais firme na Selic.

Por Mateus Fagundes

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