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Taxas do Tesouro Direto recuam com dólar, juros e Eletrobras

O leilão de títulos do Tesouro Nacional pode criar pressão sobre as taxas (Foto: Shutterbug75/Pixabay)

As taxas de retorno dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto recuavam nesta quinta-feira (20), em meio à baixa dos juros dos Treasuries nos Estados Unidos e o desvalorização do dólar ante o real, que abrem caminho para a queda dos juros futuros.

O alívio na curva de juros trazido pelo recuo dos juros dos Treasuries longos nos EUA e pela desvalorização do dólar frente o real viabiliza a queda das taxas dos títulos disponíveis para compra Tesouro Direto. O movimento se dá em meio ao cenário externo misto após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que deu indícios de que os estímulos à economia podem ser retirados para conter o avanço da inflação. O número de pedidos de auxílio-desemprego ficou em 444 mil na última semana, abaixo do esperado, um sinal positivo sobre o mercado de trabalho norte-americano.

No cenário político brasileiro, destaca-se a aprovação do texto-base da medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras na Câmara dos Deputados. O texto segue agora para o Senado, que deve analisá-lo até o dia 22 de junho, quando expira o prazo de validade da proposta.

Além disso, o Tesouro Nacional oferta em leilão nesta quinta-feira títulos públicos dos tipos Tesouro Prefixado, com vencimentos para 2022, 2023 e 2024, Tesouro Prefixado com pagamento de juros semestrais, vencendo em 2027 e 2031, e Tesouro Selic, com prazos para 2022 e 2027. Na última quinta-feira (13), o Tesouro já havia reduzido a oferta do Tesouro Prefixado para aumentar o volume de títulos prefixados com pagamento de juros semestrais e títulos indexados à taxa Selic.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 recuava a 8,34% ao ano, de 8,38% na quarta-feira (19). O Tesouro Prefixado 2026 pagava juros anuais de 8,85%, contra 8,90% no último fechamento.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026, o mais curto, oferecia rentabilidade anual de IPCA mais 3,55%, ante IPCA mais 3,57% na véspera. A taxa de retorno do Tesouro IPCA+ 2045, o mais longo dentre os que não pagam juros semestrais, recuava a 4,21%, de 4,27% no fechamento anterior.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quinta-feira:

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