O Índice de Estoques (IE) do varejo paulistano cedeu 1,6% em maio ante abril, no segundo mês consecutivo de queda, mostram dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Com 99,1 pontos, o IE chegou ao menor nível desde setembro de 2020, quando marcava 93,9 pontos. A queda foi de 9,6% em relação a maio de 2020 (109,6 pontos).
A proporção de empresários que consideram a situação de seus estoques adequada caiu de 50,0% para 49,3% na comparação com o mês anterior.
Entre os que consideram inadequada, 35,6% veem um estoque acima do desejado, após 35,4% em abril. A porcentagem de varejistas que consideram o estoque abaixo do adequado também aumentou: de 13,8% para 14,6%.
A queda de maio ante abril teve influência de semiduráveis, que cederam 3,8%. O nível de adequação saiu de 33,1% para 32,0%, enquanto os que consideram os estoques acima do desejado caíram de 39,8% para 38,7%. Já os varejistas que veem um estoque abaixo do adequado saltaram de 24,4% para 27,1%. O índice em semiduráveis chegou a 65,4 pontos, renovando a mínima para qualquer setor desde o início da pandemia.
Setores
O índice também registrou queda (2,0%) nas empresas pequenas da cidade de São Paulo. No segmento, a percepção de estoques adequados caiu de 49,8% para 48,9%. A percepção de estoque acima do adequado aumentou (35,7% para 36,0%), assim como a avaliação de estoque abaixo do adequado (13,7% para 14,5%).
As empresas de bens não duráveis (-1,0%) e duráveis (-0,2%) foram outras a registrar decréscimo na taxa de variação do índice. Entre os não duráveis, os varejistas que consideram os estoques adequados caíram de 57,7% para 57,1%, ao passo que entre os duráveis permaneceram em 54,4%.
Os empresários que veem estoques acima do adequado subiram em não duráveis (33,4% para 33,7%) e em duráveis (33,7% para 33,9%). Já para estoques abaixo do adequado, houve alta de 8,9% para 9,2% em não duráveis e manutenção de 11,7% em duráveis.
O único setor com alta no mês foi o das empresas de grande porte (12,0%), com melhora de 6,9 pontos porcentuais na percepção de estoques adequados (57,4% para 64,3%). A proporção de empresários que consideram o estoque acima e abaixo do adequado caiu ao mesmo patamar, a 17,9%, após 24,1% e 18,5% em abril, respectivamente.
Por Guilherme Bianchini
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