Press "Enter" to skip to content

Mercado Bitcoin pavimenta caminho para investidor institucional entrar em cripto

A BiTrust, empresa de custódia de criptomoedas e ativos digitais, deve iniciar as operações em meados de junho deste ano (Foto: Shutterstock)

A plataforma de criptomoedas Mercado Bitcoin pretende atrair investidores institucionais para o mercado de ativos digitais e criptomoedas com a criação da BiTrust, empresa de custódia criada em parceria com a Kryptus, multinacional do ramo de criptografia e segurança cibernética.

Inspirada pelo sucesso de empresas do setor no exterior e pela alta na demanda por ativos como Bitcoin e Ethereum, a BiTrust será a primeira empresa de custódia de criptomoedas para investidores institucionais no Brasil, e deve iniciar sua operação em breve.

Os chamados investidores institucionais, como o próprio nome diz, são instituições que investem em nome de terceiros, como fundos de investimento, gestoras, bancos ou seguradoras, normalmente com finalidade e regras de investimento bem definidas. Os investidores brasileiros desse tipo que desejam aplicar seus recursos em criptomoedas atualmente precisam buscar custodiantes no exterior. Visando suprir essa demanda, o Mercado Bitcoin iniciou, há mais de um ano, o planejamento para lançar uma empresa pioneira no mercado brasileiro. “Esse tipo de operação requer um conhecimento muito grande sobre cripto e sobre fazer custódia, coisa que o Mercado Bitcoin sabe fazer muito bem”, diz Ronaldo Faria, head da BiTrust, em entrevista ao Mercado News.

Faria afirma que a demanda por esse tipo de serviço tem aumentado muito, e enxerga o mercado brasileiro como “prisma” do mercado norte-americano, onde fundos e grandes empresas como a montadora Tesla e a empresa de softwares MicroStrategy já aplicam em criptomoedas. “Outro exemplo é o fundo de cripto que o BTG Pactual lançou aqui no Brasil, e que tem a custódia feita pela Gemini (exchange norte-americana). Então aqui no Brasil, esse mercado institucional está começando, mas precisa de estruturas como a da BiTrust para poder se consolidar de fato”, complementa.

O executivo destaca também a intenção inicial de incluir no serviço todos os ativos listados no Mercado Bitcoin como Bitcoin ou “Bitcoin like”, ou seja, aqueles que rodam no blockchain do Bitcoin, como Bitcoin Cash, Ethereum e os tokens criados na rede Ethereum. Mais para frente, a ideia é que todos os ativos que estão hoje listados na exchange estejam também disponíveis na BiTrust, mas isso depende de uma curadoria para analisar a viabilidade da inclusão de cada um deles.

Sobre as recentes oscilações nos preços das criptomoedas, Faria diz enxergar o movimento como natural, dizendo que “é impossível subir sempre, então as oscilações fazem parte do percurso”. “O investidor institucional investe olhando uma parte mais fundamentalista das moedas, do porquê de estar investindo naquilo, então os fundos, por exemplo, não estão desfazendo posições porque o ativo está caindo. Você não viu também Tesla e MicroStrategy vendendo (Bitcoin), então isso não afeta o investidor institucional”, acrescenta.

A BiTrust se encontra atualmente em fase pré-operacional, iniciando as operações com o Mercado Bitcoin, que é também o primeiro grande cliente da nova empresa, mas deve começar a abrir a operação para alguns clientes institucionais em meados de junho deste ano.

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

Be First to Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *