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Marcopolo reverte lucro e encerra 1º trimestre com prejuízo de R$ 14,7 milhões

A Marcopolo encerrou o primeiro trimestre de 2021 com prejuízo líquido de R$ 14,7 milhões ante lucro líquido de R$ 10,7 milhões registrado em igual período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 23,5 milhões entre janeiro e março, queda de 76,9% ante igual etapa de 2020. A margem Ebitda foi de 2,8%.

A receita operacional líquida somou R$ 834 milhões nos primeiros três meses do ano, montante 9,3% menor do que o registrado um ano antes. Segundo a empresa, o destaque do trimestre foi a performance do segmento Volare, beneficiado pelo crescimento de volumes entregues ao programa Caminho da Escola, e maior demanda no setor de fretamento e exportações, com recuperação de volumes direcionados à América do Sul.

O resultado financeiro líquido dos primeiros três meses do ano foi negativo em R$ 27,1 milhões, ante um resultado de R$ 103,6 milhões negativo registrado no mesmo período de 2020. “O impacto decorre majoritariamente da desvalorização do real frente ao dólar norte americano sobre a carteira de pedidos em dólares”, explica.

A companhia diz que realiza o hedge do câmbio das exportações no momento da confirmação dos pedidos de venda, assegurando a margem dos negócios. À medida que os produtos são faturados e entregues, a companhia captura os benefícios da desvalorização do Real em suas margens operacionais.

Produção

A produção consolidada da Marcopolo foi de 3.016 unidades. No Brasil, a produção atingiu 2.586 unidades, 12% inferior à do primeiro trimestre de 2020, enquanto no exterior a produção foi de 430, 14,2% inferior na mesma base de comparação. Nas operações coligadas, não consolidadas, considerando apenas a proporção da Marcopolo no respectivo capital social das empresas, a produção foi de 48 unidades, 72,4% inferior.

Segundo a empresa, a produção continua sendo negativamente afetada pelo impacto da pandemia de covid-19 no transporte coletivo, especialmente associado à segunda onda. A sazonalidade observada com regularidade no primeiro trimestre de cada ano somou-se a novos fechamentos de cidades, restrições de locomoção e aumento dos casos da doença, afetando a comparação com o mesmo período de 2020.

Por Beth Moreira

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Estadão Conteúdo

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