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Demanda doméstica de passageiros em março cai 32,3% ante um ano, diz Iata

A demanda doméstica de passageiros (RPK) ao redor do mundo, em março de 2021, foi apenas 32,3% menor do que o mesmo período de 2019, período pré-crise, informou nesta terça-feira (4) a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês).

Por outro lado, a entidade informou que a demanda internacional (RPK) em março deste ano foi 87,8% inferior ao mesmo período de 2019, ainda impactada pelos efeitos da pandemia da covid-19. Já no segmento de transporte de cargas, a demanda aumentou 4,4% em março de 2021 ante igual intervalo de 2019.

O diretor-geral da IATA, Willie Walsh, afirmou que a demanda doméstica está avançando com a vacinação e deve crescer em países como Estados Unidos, China, Austrália e Rússia. “Há evidências de que a demanda doméstica vai voltar ao patamar pré-crise rapidamente”, disse o dirigente a jornalistas.

Brasil

A demanda doméstica do setor aéreo, medida em passageiro-quilômetro pago (RPK), no Brasil, foi 54% menor em março deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, período pré-crise, informou nesta terça-feira a Iata.

Já a oferta doméstica, medida em assentos disponíveis por quilômetro (ASK), foi 44,2% menor em março de 2021, no Brasil, comparada a igual intervalo de 2019.

Segundo a entidade, o tráfego doméstico brasileiro recuou à medida que as autoridades aumentaram as restrições em meio ao aumento dos casos de covid-19. O resultado de março foi pior do que o registrado em fevereiro, quando a demanda (RPK) foi 34,9% menor do que o mesmo intervalo de 2019.

“O mercado brasileiro é muito importante para a região, mas surgiram dificuldades recentemente devido a uma nova variante da Covid-19, que impactaram os avanços já registrados no setor”, disse o economista-chefe da Iata, Brian Pierce, a jornalistas nesta terça-feira.

Instrumentos para retomada

A expectativa da Iata é de que a demanda global se recupere em breve. No tráfego internacional, a estimativa é que a recuperação aconteça de maneira mais intensa a partir do segundo semestre.

No entanto, o diretor-geral Willie Walsh alertou que a vacinação não é o único instrumento de retomada do setor aéreo. Segundo o dirigente, muitos países ainda têm déficit de vacinas ou passageiros não podem se vacinar, o que não pode impedir o tráfego aéreo internacional.

“Não podemos cair na armadilha de que só a vacinação é capaz de liberar de forma segura o tráfego aéreo.” Para ele, os testes do tipo PCR também serão chave para a retomada do mercado.

Por Juliana Estigarríbia

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Estadão Conteúdo

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