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Bill e Melinda Gates anunciam divórcio após 27 anos de casamento

Desde a saída de Bill Gates do comando da Microsoft em 2008, o casal se dedicava inteiramente a projetos de filantropia (Foto: Bill e Melinda Gates/Facebook)

Depois de 27 anos, chegou ao fim o casamento de Bill Gates, fundador da Microsoft, e Melinda Gates. Juntos desde 1994, o casal não deu detalhes sobre os motivos da separação. Em um comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira, 3, o casal disse: “Nos últimos 27 anos, criamos três filhos incríveis e construímos uma fundação que trabalha em todo o mundo para permitir que as pessoas tenham vidas saudáveis e produtivas”.

A nota ainda diz: “Continuamos a compartilhar a crença nesta missão e trabalharemos juntos na fundação, mas não acreditamos que possamos crescer como um casal na próxima fase de nossas vidas”.

Com uma fortuna de US$ 124 bilhões, Bill Gates é o quarto homem mais rico do mundo, segundo ranking da Forbes. Os termos do divórcio ainda não são conhecidos, mas a separação pode colocar Melinda no topo do ranking das mulheres mais ricas do mundo. Uma pista pode ser encontrado no divórcio de Jeff Bezos, fundador da Amazon e primeiro na lista de bilionários. Com a separação, MacKenzie Scott acabou se tornando a quarta mulher mais rica do mundo.

“Depois de muito pensar e de trabalhar muito a nossa relação, tomamos a decisão de terminar o nosso casamento disse”, diz a nota.

O casal se conheceu em 1987 em um evento do setor tecnológico e, posteriormente, nos começo dos anos 1990, Melinda começou a trabalhar na Microsoft como gerente de informações de produtos. Na sequência, Bill, hoje com 65 anos, e Melinda, 56, trocaram alianças – a cerimônia aconteceu em janeiro de 1994 no Havai. Dois anos depois, Melinda deixou a Microsoft para se dedicar à família, composta pelos filhos Jennifer, Rory and Phoebe.

Com a saída de Gates do comando da Microsoft em 2008, o casal passou a se dedicar inteiramente a projetos filantrópicos, principalmente em temas ligados à saúde, por meio da Fundação Bill e Melinda Gates. De acordo com o site da fundação, já foram investidos US$ 53,8 bilhões em projetos filantrópicos desde o ano 2000.

No final de 2020, por exemplo, o casal fez uma doação de US$ 250 milhões para combater a pandemia de covid-19 – no total, foram doados mais de US$ 500 milhões na luta contra a pandemia. Nesse período, Bill não foi só fonte de dinheiro. Ele acabou se tornando uma das principais vozes a favor da ciência e de vacinas entre os bilionários americanos, o que o colocou em rota de colisão com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e o transformando em alvo da extrema direita americana.

Sobre o assunto, Melinda falou ao New York Times em dezembro do ano passado: “Existe um medo e as pessoas querem apontar (a culpa) para alguém ou alguma instituição. Uma vez que isso pega naquela pessoa ou instituição, você tem um efeito de acumulo por causa das mídia sociais. Isso é profundamente preocupante para a nossa sociedade. Nossa democracia depende de fatos, e nós dependemos em ter fatos reais para nos mantermos seguros e saudáveis”, disse.

Desde o final dos anos 1990, a fundação alerta para a possibilidade de uma pandemia, e seus investimentos estiveram ligados ao tema. Uma das empresas que recebeu no passado dinheiro do casal Gates é a BioNTech, que conseguiu desenvolver junto com a Pfizer uma vacina contra a covid-19. Agora, não é possível saber o impacto do divórcio na fundação.

Também não é possível saber o impacto do divórcio sobre a Microsoft, mas o papel de Bill na empresa já era reduzido tanto como gestor quanto como investidor. Em março do ano passado, Bill já havia deixado o conselho da Microsoft. Além disso, a fortuna de Gates está menos atrelada à Microsoft do que se imagina nos dia atuais. Ele detém apenas 1,36% de ações da Microsoft. Bezos, em comparação, tem 10% de ações da Amazon. As ações da Microsoft, por exemplo, não foram afetadas pela informação: após o fechamento do mercado, elas variavam negativamente 0,13%.

Melinda, porém, já expressou o desejo de ver o aumento de impostos para os bilionários dos EUA. Ao New York Times, ela falou: “Não temos uma política tributária que está taxando apropriadamente os mais ricos. Eu não sou uma expert em política tributária, mas digo: ‘Muitos dos ricos estão tendo a maior parte de seus ganhos do seu capital em comparação com a renda’. Isso é algo que podemos olhar na política tributária”, disse.

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