Fundos imobiliários: TRX Real Estate brilha nas recomendações com inquilinos de peso

O fundo de investimento imobiliário TRX Real Estate FII (TRXF11), da gestora TRX, tem chamado a atenção de muitos analistas do setor, e passou a ocupar espaço nas listas de recomendações de corretoras como Ativa, Guide, Necton e Santander Corretora.

Com grandes marcas como locatários, tais quais Pão de Açúcar e Assaí, contratos atípicos com vencimentos longos e imóveis bem localizados, o TRXF11 vem ganhando uma base cada vez maior de cotistas, conforme apurou o Mercado News.

Um fator que chama a atenção dos analistas é o bom desempenho do setor de supermercados, responsáveis pela maior parte da receita do fundo, nos últimos meses. “Se analisarmos os 43 imóveis que o fundo tem na carteira, 41 são de contratos com Assaí, Pão de Açúcar e Extra”, disse Felipe Vaz, analista da Santander Corretora. O principal motivo para os bons resultados apresentados pelos supermercados em meio à pandemia de Covid-19 é que eles se enquadram na categoria de varejo essencial, não sofrendo tanto com medidas mais restritivas.

Os rendimentos do fundo também despertam o interesse do mercado. De acordo com a análise de Gabriel Teixeira, analista de fundos imobiliários da Ativa Investimentos, o dividend yield (rendimento do dividendo, em inglês) do TRXF11 está acima do que é oferecido por seus principais pares no mercado. “O fundo tem distribuído rendimentos de R$ 0,70 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de 7,81%. Com o término da alocação dos recursos provenientes da quarta emissão, [o fundo] deve manter o patamar de distribuição entre R$ 0,64 e R$ 0,70”, complementa.

Ainda de acordo com analistas, o fundo vem sendo negociado por um valor próximo do seu valor patrimonial, o que o torna mais atraente para os investidores, já que muitos fundos, especialmente nos setores mais resilientes, são negociados por um valor consideravelmente mais alto do que aquele apurado nas avaliações dos imóveis que os compõem.

Visão da TRX

Ao ser questionado sobre os principais motivos para o sucesso do TRXF11, Gabriel Barbosa, diretor de Relações com Investidores da TRX, converge com os analistas, e cita a qualidade dos inquilinos dos imóveis do fundo. “São poucos os fundos que têm locatários do nível dos que nós temos.”

Mesmo com a estabilidade trazida pelos contratos longos com essas grandes empresas, a concentração das receitas gera preocupação entre investidores, e é citada pelos analistas como um problema a ser enfrentado pela TRX. Ciente dessa situação, Barbosa diz que a meta do fundo é atingir uma exposição de no máximo 35% das receitas por inquilino. Hoje, o Grupo Pão de Açúcar concentra cerca de 50% das receitas, seguido por Assaí, com 40%, e com Sodimac e Camil representando, aproximadamente, 5% cada.

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