Mercados

Dólar recua em linha com exterior em meio a perspectivas de reformas

O dólar segue em baixa no mercado à vista diante do apetite moderado por risco em Nova York, com alta das ações e quedas do dólar e dos juros dos Treasuries longos. Também conta a perspectiva de retomada da agenda de reformas pelo Congresso, após a publicação da sanção presidencial do orçamento de 2021 no Diário Oficial da União.

No exterior, o índice DXY, que compara o dólar ante seis rivais, recuava 0,42%, a 90,947 pontos às 9h11 desta sexta-feira, 23, enquanto euro e libra sobem após os PMIs positivos na região. Ainda assim, as bolsas europeias cedem levemente com investidores atentos também a balanços corporativos europeus e dos EUA e ao noticiário sobre a covid-19.

A prévia de abril dos PMIs da zona do euro mostra que a economia do bloco se encaminha para uma surpreendente recuperação, avalia Bert Colijn, economista sênior do ING. Apesar dos lockdowns motivados pela covid-19, os dados indicam que o setor manufatureiro está em plena expansão, só limitada por restrições de oferta, e que o setor de serviços está otimista com a aproximação da reabertura, diz Colijn.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 53,2 em março para 53,7 em abril, atingindo o maior nível em nove meses. Apenas o PMI industrial do bloco saltou para 63,3 neste mês, estabelecendo recorde na série histórica iniciada em junho de 1997. No Reino Unido, os PMIs avançaram mais do que o esperado em abril. Já na Alemanha, os PMIs caíram, mas o industrial ficou acima do que se previa.

Além disso, o setor varejista britânico surpreendeu positivamente, com alta de 5,4% nas vendas de março ante fevereiro, bem maior do que o avanço de 2,5% esperado por analistas.

A China informou nesta sexta que a conta corrente do país registrou superávit acumulado de US$ 88,5 bilhões no primeiro trimestre de 2021, de acordo com dados divulgados pela Administração Estatal de Câmbio (SAFE, na sigla em inglês). Só em março, o superávit foi de US$ 19,7 bilhões. E, na avaliação da porta-voz do órgão regulador, Wang Chunying, o superávit na conta corrente deve se manter “razoável” em 2021.

Segundo Wang, a condição favorável ao saldo positivo se daria diante da demanda por bens produzidos no país asiático em meio à recuperação da economia global após o choque da covid-19. Além disso, a dívida externa chinesa relativamente baixa também pode ajudar a manter o superávit da conta corrente, ao estabilizar o mercado interno de câmbio.

Às 9h24 desta sexta, o dólar à vista caía 0,35%, a R$ 5,4362. O dólar futuro para maio cedia 0,23%, a R$ 5,4385.

Por Silvana Rocha

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Estadão Conteúdo

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