A startup brasileira Zenvia protocolou nesta sexta-feira, 16, um pedido de oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, em Nova York. Segundo o documento, o objetivo da empresa é levantar até US$ 100 milhões.
O Goldman Sachs coordena a oferta juntamente com o Morgan Stanley, Itaú BBA, UBS, Bradesco BBI e XP. A oferta terá seus recursos destinados para pagar o montante utilizado na aquisição da startup D1, anunciada no mês passado, e também para propósitos gerais, como investimentos em software, produtos e tecnologia, além de expansão internacional das operações e potenciais aquisições.
Procurada pelo Estadão, a Zenvia confirmou ter protocolado o pedido de IPO na Nasdaq. Fundada em 2003 em Porto Alegre (RS), a Zenvia é dona de uma plataforma que permite que empresas se conectem a clientes por diferentes canais, como SMS, WhatsApp e Facebook Messenger – esse contato oferecido pela startup começou inicialmente apenas por mensagens, mas hoje inclui conversas automatizadas. A Zenvia foi apontada como uma das startups candidatas a unicórnio em 2021, segundo relatório da empresa de inovação Distrito divulgado em fevereiro.
De acordo com o prospecto preliminar da empresa protocolado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a Zenvia teve receita líquida de R$ 492,5 milhões em 2020, crescimento de 28% na comparação anual e 9,5 mil clientes ativos ao fim do quarto trimestre.
Planos
A união da operação da Zenvia com a startup D1 tem como objetivo turbinar o serviço de contato digital com clientes oferecido a empresas, desde o processo de compra até a comunicação na ponta com o cliente.
A D1, que atua no mesmo setor da Zenvia, possui uma plataforma focada na jornada digital completa do cliente, desde o momento da venda até uma troca de produto, por exemplo, direcionando as mensagens adequadas para cada momento em diferentes canais.
Desde 2020, a Zenvia vem apostando em internacionalização: em julho, comprou a startup argentina Sirena, também do mesmo ramo, e, em novembro, iniciou operação no México. Nos próximos três anos, o plano é chegar a pelo menos mais três países da América Latina.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Felipe Laurence e Giovanna Wolf
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