Economia

Megaferiado não amplia isolamento social em SP

A antecipação de três feriados municipais na capital paulista e o recesso de dez dias articulado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) tiveram baixo impacto no isolamento no Município, que ficou na média de 44,7% na sexta-feira e no sábado (3). Nos dias úteis anteriores, a taxa variava entre 42% e 43% – 1,5% a menos.

Dados do Sistema de Monitoramento Inteligente do governo de São Paulo, que mostra o índice de adesão ao isolamento social no Estado, apontam que o domingo foi o dia em que a população da capital menos circulou: o isolamento chegou a 50%. Mas os fins de semana já costumam apresentar um número maior de pessoas em casa.

Nas últimas quarta e quinta-feira, 31 e 1º, a folga dos feriados municipais ampliou em apenas 1% o índice de isolamento na capital, que ficou em 43%. Nos mesmos dias da semana anterior, a taxa era de 42%. O movimento anunciado na capital foi repetido em cidades próximas, mas o impacto também foi baixo na taxa estadual, que teve média de 45,3% nos nove primeiros dias do feriadão e pico no domingo, com 51%.

A administração municipal não anunciou qual era a meta pretendida. No ano passado, o Estado havia divulgado no início da pandemia que o ideal era chegar a 60%, mas o Centro de Contingência da Covid-19 tem evitado usar esse porcentual. Se ele ainda fosse válido, só três cidades paulistas teriam atingido o índice neste sábado: São Joaquim da Barra (68%), Mococa (61%) e Bertioga (60%).

Litoral norte

O anúncio do megaferiado preocupou os municípios do litoral norte e da Baixada Santista, que fizeram barreiras sanitárias e tomaram medidas diversas para desestimular a procura de turistas. Kayo Amado (Podemos), prefeito de São Vicente, que se diz “grande crítico” da antecipação dos feriados, mandou instalar barreiras sanitárias e pontos de orientação, além de faixas em áreas mais visitadas. No mirante da Ilha do Porchat, contudo, turistas arrancaram a sinalização e se aglomeraram para fazer fotos e confraternizar. “É um cenário muito ruim que a gente observa. Se o prefeito de São Paulo precisa tomar medidas mais rígidas , que as tome. Mas que não jogue a responsabilidade para a gente”, afirmou.

Em Bertioga, 15 entradas foram bloqueadas e três barreiras sanitárias foram criadas entre o centro e a Riviera de São Lourenço, que abordaram mais de 21,5 mil veículos até sábado. A cidade está com 100% de ocupação de UTIs, média com baixa variação nas últimas duas semanas. Em São Sebastião, a barreira sanitária incluiu a realização de testes rápidos, em que ao menos 65 pessoas deram positivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por João Ker e Priscila Mengue

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Estadão Conteúdo

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