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Lucro da M. Dias Branco cai 21% no quarto trimestre

A fabricante de alimentos M.Dias Branco apresentou lucro líquido de R$ 209,0 milhões no quarto trimestre do ano passado. O resultado representa queda de 21,1% na comparação com igual período de 2019, quando a empresa reportou lucro líquido de R$ 264,9 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 192,2 milhões, recuo de 33,5% frente aos R$ 289,2 milhões do quarto trimestre do ano anterior. A margem Ebitda ficou em 11,3%, ante 17,1% de um ano antes, retração de 5,8 pontos porcentuais. A alavancagem da empresa (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 0,4 vez, ante 0,8 vez reportada em igual período do ano passado.

A receita líquida subiu 0,4% na mesma base comparativa, alcançando R$ 1,702 bilhão ante R$ 1,694 bilhão do quarto trimestre de 2019. Do montante total, R$ 45,9 milhões vieram da receita com vendas externas – alta de 201,3% na comparação anual.

A variação positiva da receita é atribuída pela companhia ao aumento de 18,9% no preço médio dos produtos, que foi suficiente para compensar a queda de 15,5% do volume de vendas no período. “Observamos desaceleração do nosso crescimento, fruto do arrefecimento da demanda e dos reajustes nos preços, especialmente na região de defesa (Norte e Nordeste)”, destacou a M. Dias em comunicado divulgado para imprensa e investidores.

O resultado da M. Dias Branco interrompe um ciclo de quatro altas consecutivas no lucro líquido. Já a receita cresceu pelo quinto trimestre seguido.

A companhia, assim como outras empresas do setor de alimentos, teve o desempenho nos três primeiros trimestres do ano passado impulsionado, em parte, pelo aumento na demanda doméstica por seus produtos, uma vez que as medidas de isolamento social resultaram no fechamento de food service e exigiram mais refeições em casa. No quarto trimestre, contudo, o desempenho do setor arrefeceu diante da retração no consumo de produtos derivados de farinha de trigo.

Em comunicado, a M. Dias aponta que seus resultados trimestrais foram afetados negativamente pela elevação dos custos dos insumos cotados em dólar, diante da desvalorização do real ante a moeda norte-americana – especialmente das duas principais commodities utilizadas na sua produção, trigo e óleo de palma.

Por Isadora Duarte

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Estadão Conteúdo

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