Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,75% ao ano, os juros futuros longos caminham para fechar a semana em baixa, reduzindo o prêmio de risco diante da perspectiva de controle da inflação e entrada de dólares na economia brasileira, enquanto aqueles com vencimento mais curto avançam
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De acordo com a equipe da casa de análise de investimentos Levante, “a ponta mais longa analisada, o DI1F31, fechou na quinta-feira (18) em queda de 0,95%, cotada a R$ 8,31”. Na outra ponta, os juros curtos avançavam em um movimento de incorporação do ajuste mais rápido do que o esperado na Selic, achatando a curva. “O DI1F22 fechou em fortíssima alta de 8,12% (35 bps), cotado a R$ 4,59.”
Para Deibert Fernandes de Aguiar, assessor de investimentos da corretora Terra Investimentos, “a variação cambial é um fator importante que pode ditar o ritmo da subida da taxa Selic. Conforme os investidores estrangeiros vão retirando dólar do Brasil, é possível que a taxa Selic tenha o ritmo de subida mais acelerado para tentar manter esse capital estrangeiro dentro do Brasil, na tentativa de estabilizar ou depreciar o valor do dólar”. Além do Brasil, os bancos centrais de Rússia e Turquia também promoveram alta inesperada nos juros básicos, dentre os emergentes.
O ritmo de elevação dos juros futuros curtos na B3 prossegue nesta sexta-feira (19), influenciando também nas taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto, que apresentam alta moderada nesta sessão.
Cotações
A taxa de remuneração do título público Tesouro Prefixado 2026 avançava a 7,95% ao ano, ante 7,93% no fechamento anterior. O Tesouro Prefixado 2031 com pagamento de juros semestrais oferecia remuneração anual de 8,38%, contra 8,36% na quinta-feira.
Dentre os títulos indexados à inflação, a taxa de retorno do Tesouro IPCA+ 2026 subia 0,01 ponto percentual em comparação com a véspera, a IPCA mais 3,26%. Já o Tesouro IPCA+ 2045 pagava IPCA mais 3,82%, em comparação com IPCA mais 3,72% no fechamento anterior.
Títulos públicos
O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).
O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.
Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.
Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.
Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.
Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta sexta-feira:
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