A produção da indústria de bens de capital cresceu 4,5% em janeiro ante dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (5). Na comparação com janeiro de 2020, o indicador avançou 17,0%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). No acumulado em 12 meses, houve redução de 8,9% na produção de bens de capital.
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Em relação aos bens de consumo, a produção registrou alta de 1,0% na passagem de dezembro para janeiro. Na comparação com janeiro de 2020, houve redução de 1,2%. No acumulado em 12 meses, a produção de bens de consumo diminuiu 9,0%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção encolheu 0,7% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro de 2020, houve queda de 4,2%. Em 12 meses, a produção diminuiu 20,2%.
Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve elevação de 2,0% na produção em janeiro ante dezembro. Na comparação com janeiro do ano anterior, a produção caiu 0,4%. A taxa em 12 meses ficou negativa em 5,9%.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção recuou 1,3% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, houve uma alta de 2,3%. No acumulado em 12 meses, os bens intermediários tiveram redução de 0,8%.
O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou elevação de 0,8% em janeiro.
O avanço de 0,4% na produção industrial em janeiro ante dezembro foi resultado de altas em 11 dos 26 ramos pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal.
Entre as atividades, a principal influência positiva foi do avanço de 3,1% na fabricação de produtos alimentícios, eliminando parte da redução de 11,0% acumulada nos três últimos meses de 2020.
Outras contribuições positivas relevantes partiram de indústrias extrativas (1,5%), produtos diversos (14,9%), celulose, papel e produtos de papel (4,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e móveis (3,6%).
Na direção oposta, a metalurgia (-13,9%) exerceu o principal impacto negativo no mês, interrompendo seis meses de taxas positivas consecutivas, período em que acumulou expansão de 59,0%.
Os resultados negativos também foram significativos em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), outros equipamentos de transporte (-16,0%), máquinas e equipamentos (-2,3%), produtos do fumo (-11,3%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,9%) e produtos têxteis (-2,5%).
A alta na produção industrial em janeiro ante dezembro fez o setor acumular 42,3% de crescimento em nove meses de avanços, resultado mais do que suficiente para recuperar a perda de 27,1% registrada em março e abril, segundo os dados do IBGE agora divulgados.
A indústria opera 3,7% acima do nível de fevereiro de 2020, pré-pandemia. A produção voltou a operar no nível de dezembro de 2017, que é o mais elevado desde maio de 2015. Apesar da melhora, a indústria ainda está 12,9% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em dezembro ante novembro de 2020, de 0,9% para 0,8%. Na categoria de bens de capital, a taxa de dezembro ante novembro foi revista de 2,4% para 3,0%.
O resultado de bens intermediários em dezembro ante novembro foi revisado de 1,6% para 1,4%. O desempenho dos bens de consumos duráveis no período passou de 2,4% para 1,5%, enquanto o de bens de consumo semi e não duráveis saiu de -0,5% para -0,4%.
Por Daniela Amorim
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