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Bolsa opera em baixa com cautela doméstica e novas perdas em Petrobras

(Foto: Espaço B3/Divulgação)

O Índice Bovespa opera em leve baixa na manhã desta quarta-feira (3), mostrando um relativo equilíbrio de forças entre as principais blue chips de sua carteira. Por um lado caem ações do setor elétrico e da Petrobras, alinhadas a fatores domésticos. De outro lado, avançam papéis de mineração e siderurgia, acompanhando o avanço das commodities no exterior.

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Pesam incertezas no campo político, no dia da votação da PEC Emergencial no Senado, e também o temor de que o avanço dos casos de covid-19 no País volte a dificultar a recuperação da economia.

As ações da Petrobras registram queda expressiva nesta manhã, respondendo a mais um capítulo da interferência do governo na estatal. A decisão de quatro conselheiros de não mais continuar no colegiado da empresa repercute negativamente, devido à chance de seus lugares serem preenchidos por indicados do governo, o que aumentaria o espaço para ingerência política.

Às 10h47, o Ibovespa tinha baixa de 0,52%, aos 110.963 pontos, enquanto Petrobras ON e PN recuavam 2,05% e 2,41%, respectivamente.

Em contrapartida, os índices futuros das bolsas de Nova York ganharam um pouco mais de força na última hora, em reação ao dado de geração de vagas no setor privado nos Estados Unidos. O ADP informou que foram criados 117 mil empregos no setor privado do país em fevereiro, abaixo da previsão de 225 mil, mas o dado de janeiro foi revisado em alta (de 174 mil para 195 mil). Os números podem reforçar a percepção de que o mercado de trabalho americano segue fraco e ampliar a pressão por estímulos fiscais, no momento em que um pacote sobre o tema é discutido no Senado americano.

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta manhã que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que possibilitará o pagamento do auxílio emergencial, precisa trazer compensações fiscais. O texto está pautado para análise do Senado e pode ser votado em dois turnos ainda hoje. Para Mourão, apenas com a aprovação de medidas compensatórias é possível dar a sinalização de compromisso fiscal do governo.

“Na minha visão, que coincide com a do ministro Paulo Guedes (da Economia), tem que haver compensações fiscais para qualquer, vamos dizer, benefício que seja colocado porque nós vivemos uma crise complicada. A crise fiscal do Brasil é dura”, declarou Mourão hoje na chegada à vice-presidência.

Por Paula Dias

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