Política

Guedes: só não disparamos auxílio ainda porque precisamos de PEC de Guerra

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (2) que o governo ainda não disparou o auxílio emergencial porque precisa da aprovação da PEC emergencial, que estabelecerá protocolos de contenção de despesas para fazer frente aos gastos urgentes. Em tom elogioso aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Guedes disse ainda que os dois “deram demonstração extraordinária de cooperação com independência”.

—> Gostou desta notícia? Receba nosso conteúdo gratuito, todos os dias, em seu e-mail

“Temos que disparar essa PEC de Guerra (em referência à PEC emergencial), mas dentro do protocolo de crise preparado antes”, disse.

O ministro citou a vacinação em massa e retomada das reformas e disse que o governo vai destravar a pauta de “saúde, emprego e renda”.

“Há perfeito alinhamento, não há mais bloqueio de pauta (no Congresso). A pauta (no Congresso) estava obstruída por acordo de centro-esquerda”, disse.

Guedes citou ainda estimativas do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, citadas em reunião no domingo para a vacinação em massa. Segundo ele, a expectativa é vacinar 25 milhões em 30 dias, talvez 40 milhões em 60 dias.

“Vamos envolver setor privado para ajudar na vacinação. Ao mesmo tempo, destravamos reformas num contexto de responsabilidade fiscal”, disse.

Renda Brasil

Guedes disse que o governo vai garantir o auxílio emergencial a vulneráveis, mas precisa “engatar” uma reformulação dos programas sociais após o fim do benefício temporário. No ano passado, essa também era a estratégia do governo, mas não houve consenso para propor as mudanças – até o presidente Jair Bolsonaro se opôs a propostas feitas pela equipe econômica.

“Que acabe quatro, cinco meses à frente o auxílio emergencial, teremos que engatar Renda Brasil”. “Iremos para o Renda Brasil dentro das bases fiscais, dentro do teto (de gastos)”, acrescentou, em referência à regra que limita o avanço das despesas à inflação.

Segundo o ministro, o auxílio provou que “dar dinheiro na veia ao beneficiário acaba com miséria”. “Demos dinheiro para o pobre em vez de ele ficar passeando por Brasília, bancos, Estados, municípios”, afirmou.

O ministro também disse que o governo vai renovar o BEM, programa que garantiu a redução de jornada e salário de trabalhadores ou a suspensão de contratos, assim como a carteira verde amarela. Ele destacou ainda a “cooperação extraordinária” do Congresso, com “independência clara” das duas casas.

Por Idiana Tomazelli e Anne Warth

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

Estadão Conteúdo

Recent Posts

J.M. Smucker venderá marca de biscoito para Second Nature Brands, por US$ 305 mi

A J.M. Smucker anunciou que celebrou um acordo para vender sua marca de biscoitos Voortman…

38 minutos ago

Aneel aprova edital de leilões de energia existente marcados para dezembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 22, o edital dos leilões…

1 hora ago

SAP temporariamente ultrapassa ASML como grupo de tecnologia mais valioso da Europa

A empresa de software alemã SAP temporariamente ultrapassou nesta terça-feira, 22, a holandesa ASML como…

3 horas ago

Sabesp sofre ataque cibernético, mas diz não ter identificado comprometimento de dados pessoais

A Sabesp informou na manhã desta terça-feira, 22, que foi vítima de um ataque cibernético…

4 horas ago

Derrubada norma que favoreceria bancos pagadores de benefícios do INSS em oferta de consignado

O desembargador Flávio Jardim, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, do Distrito Federal,…

4 horas ago

Verizon lucra mais que o esperado, mas decepciona em assinantes

A Verizon teve lucro líquido consolidado de US$ 3,4 bilhões no terceiro trimestre de 2024,…

4 horas ago