Analistas do mercado financeiro estão revisando o cenário para a economia brasileira, elevando as expectativas para juros e câmbio e reduzindo as estimativas para o crescimento do PIB diante de incertezas fiscais e maior risco para o Brasil.
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A piora nos indicadores reflete a provável extensão do auxílio emergencial (sem contrapartidas), a piora nas projeções de inflação e a possibilidade de remoção de estímulos monetários nos Estados Unidos diante de forte recuperação graças à vacinação em massa.
“A extensão do auxílio emergencial prejudica a já frágil sustentabilidade fiscal brasileira, elevando o prêmio de risco local. O cenário global também tem se mostrado potencialmente mais desafiador à medida que os mercados se ajustam à perspectiva de recuperação cíclica forte e possibilidade de retirada antecipada de estímulos por parte do banco central americano”, diz relatório do departamento de macroeconomia do Itaú, chefiado por Mario Mesquita.
Os economistas do Itaú já projetam agora um déficit primário de 2,5% do PIB em 2021 (R$ 215 bilhões), ante estimativa anterior de 2,1% do PIB. Na mesma linha, o banco antecipou para 2021 o ciclo de elevação da taxa Selic para 5% ao ano, começando por 0,50 ponto percentual já na reunião de março.
O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, também prevê início da subida do juro básico no mês que vem: 0,25 ponto, seguido por duas altas de 0,50 ponto nas próximas reuniões, até mais uma alta de 0,25 ponto em agosto, levando a Selic para 3,50%. Ele cita a deterioração nas expectativas para a inflação e para o câmbio.
Câmbio
“Após alguns eventos políticos e econômicos na semana do Carnaval que indicaram um maior risco para o Brasil, principalmente no tocante ao fiscal, a Ativa passou a projetar 2021 a R$ 5,35/US$ e 2022 a R$ 5,20/US$”, afirma a corretora.
A equipe do Itaú também revisou a projeção para a taxa de câmbio, de R$ 4,75 por dólar para R$ 5 por dólar neste ano.
PIB
A consequência dos juros subindo e incertezas crescentes motivou a redução na perspectiva da Ativa para o crescimento do PIB neste ano: de 3,1% para 2,9%. “O novo cenário é menos construtivista que o anterior, sofrendo breves alterações na margem, mas ainda sugere um processo gradual de recuperação econômica”, diz.
Já o Itaú continua estimando um crescimento de 4% do PIB brasileiro neste ano.
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